O técnico do Nacional, Álvaro Gutiérrez, ficou satisfeito com o empate em 2 a 2 que sua equipe alcançou na quarta-feira na visita ao Inter pela terceira rodada do grupo B da Copa Libertadores.
"Mais ou menos aconteceu o que pensávamos. Sabíamos que o Inter ia nos pressionar desde o início, para gerar superioridade para o time da casa, mas não imaginávamos que íamos ser tão imprecisos com o bola, em um campo muito rápido. Custou-nos muito mais do que pensávamos nos primeiros minutos. Mas depois sabíamos que quando tivéssemos a bola seria difícil para eles também fazerem o gol. Foi assim que empatamos e eu acho que depois foi um jogo super equilibrado", disse Guti em entrevista coletiva.
Questionado sobre o fato do Nacional ter estado perto de perder por 2-1 depois de fazer um jogo muito bom na visão dos uruguaios, disse: "Foi uma injustiça, porque apesar de eles terem a bola e termos proposto o contra-ataque, estivemos perto de fazer outro gol que poderia dar mais tranquilidade. Foi uma injustiça, por isso agora ficamos felizes por esse grupo de jogadores que pela primeira vez não está lutando até o fim. Não podemos jogar bem técnica, taticamente, mas dedicação não se negocia, que nunca pode faltar e vamos mostrando jogo após jogo".
"Tem que ver as coisas que fizemos bem para prejudicar o Inter e também as coisas com que eles nos prejudicaram. Competimos com eles igualmente em casa e é algo muito valioso para mim porque a parte emocional do plantel está intacta ", analisou.
"Nos primeiros 30 minutos não é que estivéssemos muito atrás porque queríamos, acho que eles nos colocaram para trás com base no ritmo, na fluidez e na condução. Quando pegamos a bola eles estavam muito próximos, perdemos um pouco a bola pela pressão deles e um pouco porque não fomos precisos, quando começamos a ter a bola e achar espaço o time ganhou confiança, começamos a empurrar mais para cima, criando desconforto para jogar fora e muitas vezes eles faziam passes errados onde nós recuperávamos e a partir daí começamos a construir o que era o jogo", comentou Guti.
"O gol do Zabala foi uma jogada individual muito boa porque ele recuperou a bola, começou a esquivar, depois teve um pouco de sorte no rebote e com sua habilidade colocou lá. Quando empatamos, o time voltou a se animar, " ele disse .
Já Diego Polenta, um dos jogadores com boa atuação no Beira-Rio, garantiu que o ponto também foi dado "por saber sofrer".
“Como visitante é importante não perder”, garantiu Diego Polenta em entrevista coletiva: “esta é a Copa Libertadores e o jogo foi disputado de acordo com as regras. O Inter é um adversário muito difícil, acostumado a esse tipo de campo que era difícil para nós”.
“Quando agarramos a bola tentámos, procuramos e fizemos estragos”, assegurou e disse estar: “feliz pelo ponto, não perdendo e continuando a depender de nós para a classificação”.
“Sabíamos que sendo locais eles iam querer nos ultrapassar desde o início”, disse sobre aquela meia hora que a partida foi difícil: “tivemos que sofrer, os jogos também sofrem. Quando recuperamos a bola não conseguimos ser precisos e isso dificultou, mas depois melhoramos, pressionamos mais alto, houve rotação da bola e foi equilibrado. No começo você sofre porque no Brasil eles ficam muito fortes”.