O Inter recebe o Juventude neste domingo, pelo Brasileiro, já pensando de certa forma no duelo decisivo pela Copa Libertadores frente o Olimpia, na próxima quinta-feira, também no Beira-Rio. Precisando vencer em Porto Alegre - algo que não ocorre desde maio - para avançar às quartas de finais, organizamos um bate-papo sobre como chega o Clube do Povo no embate crucial e decisivo contra os paraguaios. Devido ao baixo rendimento nos últimos meses as opiniões refletiram maior preocupação do que qualquer otimismo. Confira os pontos de vistas expostos no boteco virtual e não esqueça de deixar sua opinião nos comentários:
Ariel: "Tem sido constrangedor ver os últimos jogos do Inter na temporada. Viramos um time que bate um recorde negativo atrás de outro (derrotas seguidas em clássicos, jejum na Arena, 70 dias sem vencer no Beira-Rio, vários minutos sem marcar um gol, quando marca é somente de pênalti...).
O momento Colorado não me faz somente acreditar que o Inter corre riscos, mas sim ter certeza que é muito provável - através de uma simples análise das últimas semanas - , que um empate em 0 a 0 ou com gols seja algo totalmente cabível, mesmo sabendo de todas as fragilidades do Olimpia.
Se a vinda de Bruno Méndez e o retorno de algumas peças importantes como Taison e Moisés podem ter dado uma leve confiança ao time, principalmente no aspecto defensivo, o Inter mostra uma falência coletiva poucas vezes vista no Beira-Rio. É constrangedor ver um time que para marcar um gol é quase um parto, uma equipe confusa taticamente, um treinador que faz trocas sem o mínimo de coerência e leitura de jogo e que tem pouco tempo para treinar diante de um elenco mal montado e projetado pela direção que demorou 7 meses para contratar um zagueiro.
Sofremos todos os riscos, sim. Temos um time que vem próximo da zona do rebaixamento e que foi eliminado pelo Vitória na Copa do Brasil, sim, estamos em apuros".
Israel: "Infelizmente a desconfiança no elenco é grande, fruto do péssimo histórico jogando em casa e também do desempenho em campo. Além disso temos sofrido com lesões e nos principais jogadores do elenco, reduzindo a qualidade técnica nas horas decisivas.
De pontos positivos vejo 2 partidas sem sofrer gols e uma melhora especialmente nas bolas aéreas desde a chegada do Bruno Mendez, e o bom desempenho do goleiro Daniel. Nosso time é um eletrocardiograma, nada regular, podemos fazer um baita jogo ou uma partida sem vontade, tudo pode acontecer.
Mas falta muito ao time conjunto em campo, jogo de equipe. Vivemos de jogadas individuais".
Alan: "Começo essa análise com a seguinte pergunta: algum colorado bota a sua mão no fogo que esse time consegue vencer o Olimpia no Beira-Rio sem sofrer gols?
Infelizmente essa resposta (que provavelmente é negativa) não se constroi apenas pelo lado subjetivo, mas objetivo: as atuações do Inter são desestimulantes, o nível técnico (coletivo e individual) são sempre insuficientes, ademais de um treinador que repreoduz toda essa insegurança em prioridades habitualmente defensivas mas que não se traduzem em qualquer eficiência objetiva.
Enquanto Aguirre declarou que o empate no Paraguai era positivo, inicio da perspectiva discordando veementemente. Enfrentamos um time totalmente sem ritmo - que fazia seu 1° jogo da temporada - estando sempre mais perto de perder e, para piorar, mesmo quando o treinador alvirrubro dispôs uma formação com três volantes (insistindo no erro óbvio de Dourado e Johnny juntos) visando uma possível "consistência" o Inter sofria ataques e apresentava buracos em multiplos setores simplesmente amadores, repetindo os cenários contra o Palmeiras, com 10 jogadores e o próprio SP. Enfim, trouxemos o pior resultado possível e só não mais prejudicial que a derrota, transparecendo a impressionante falta de ambição no clube.
Ver esse Inter inconfiável e desorganizado sofrendo um gol em Porto Alegre não está longe de nenhuma realidade distante, mas ver o SCI anotando duas vezes parece pedir demais. É justamente esse panorama que imagino para o duelo de volta no Gigante: um Olimpia extremamente defensivo e tranquilo, jogando no erro contra um time que erra, e muito, precisando de um mero gol para avançar de fase. Mesmo que façamos o primeiro no placar precisaremos manter o ímpeto e uma postura ofensiva - o que para Diego Aguirre nunca é plausível - com organização e em busca do segundo para mínima tranquilidade. Psicologicamente estaremos sempre atrás por esses motivos (até um possível 2 a 0). Portanto, com essa equipe e nesse quadro geral não estou otimista mas preocupado.
O Inter corre enormes riscos na próxima quinta pela enormidade de erros que foram cometidos pela direção até aqui na temporada e que seguem se repetindo. Temos um vestiário visivelmente desmobilizado e isso não se corrige de um dia para o outro".