O ex-volante Paulo César Tinga, que conquistou títulos tanto pelo Inter quanto pelo Grêmio, falou sobre a recente ida de Roger Machado para o comando do Beira-Rio. Em entrevista ao jornalista Filipe Gamba, Tinga destacou o profissionalismo que sempre pautou sua carreira e sugeriu que Roger, apesar de seu histórico no Grêmio, deve ser colorado de coração. Tinga apresentou uma experiência pessoal ao refletir sobre a relação dos torcedores com a paixão pelo futebol:
"Quando eu fui pela primeira vez para o Inter, o porteiro do meu prédio, que era um parceirão, virava a cara amarrada para mim. Eu não entendia .Pensava se eu desviava algo para ele. As pessoas não entendem pela paixão O maior elogio que eu recebo é quando os gremistas dizem para mim que não acreditam que eu sou colorado. eu trabalhei no Inter. Com profissionalismo e respeito", afirmou.
"O Roger vai se deparar com essas mesmas coisas. Quando você vence um Gre-Nal, você demonstra isso .Eu e ele temos uma coisa parecida, que é o fato de sermos daqui. Todo gaúcho já viveu o Gre-Nal, já jogou um Gre-Nal na escola, nas cartas, etc. um achismo para os caras não ficarem bravos. Eu acho que o Roger é colorado. Quem sabe são os amigos de infância", avaliou Tinga.
Todavia, falando objetivamente sobre a questão, embora o atual técnico alvirrubro faça questão de omitir qualquer informação a respeito, sobretudo por gratidão ao clube no qual foi formado e vencedor, o Grêmio, todas informações em relação a sua infância revelam justamente a mesma conclusão do ex-camisa 7.
Conforme informações de pessoas que conviveram próximas a Roger Machado, o atual treinador alvirrubro trabalhou quando mais jovem em um bar de um familiar nos arredores do Beira-Rio, além de alguns relatos de que ele torcia, efetivamente, para o SC Internacional.
Essa trajetória, portanto, explicaria como uma das motivações para que ele aceitasse comandar o SCI mesmo com um incrível currículo no rival, além de claro, motivos profissionais e particulares.