O Inter manifestou sua indignação com a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD/RS) de adiar o julgamento que envolveria dirigentes de Inter e Grêmio, além do técnico e de um jogador do rival. O clube publicou uma nota oficial na manhã desta quarta-feira, classificando os fatos como graves e reforçando a necessidade de que fossem apreciados antes da final do Campeonato Gaúcho.
O julgamento ocorreria na tarde de terça-feira (11), mas foi adiado após um pedido do Grêmio, que alegou compromissos com a Copa do Brasil. Com isso, todos os envolvidos seguem liberados para atuar no Gre-Nal decisivo do próximo domingo, no Beira-Rio.
Na nota, o Inter afirmou que, enquanto o TJD/RS for composto por conselheiros atuantes politicamente em clubes que disputam a competição, o clube não participará presencialmente dos julgamentos nos quais esses auditores estiverem envolvidos. A defesa colorada passará a ser feita por meio de documentos escritos, e os pedidos de impedimento ou suspeição serão apresentados e divulgados publicamente.
O clube reiterou que sua intenção não é questionar a idoneidade dos membros do tribunal, mas sim garantir a imparcialidade nos julgamentos. O Inter também destacou que seguirá cobrando o aperfeiçoamento da estrutura do TJD/RS para que as decisões sejam estritamente técnicas.
O caso envolve o técnico gremista Gustavo Quinteros, denunciado por invadir o campo e atingir um jogador do Juventude na semifinal do Gauchão, além do zagueiro Jemerson, expulso no mesmo jogo. Também serão julgadas declarações públicas contra a arbitragem feitas por dirigentes do Grêmio e do Inter.