O colunista de GZH, JOCIMAR FARINA, informou na terça-feira que o Internacional é credor de uma dívida milionária de sua parceira de estádio, mas não demonstra pressa em receber um montante pendente há uma década, que aumenta mensalmente, ultrapassando os R$ 16 milhões em 2020.
A empresa devedora é a Brio, criada pela construtora Andrade Gutierrez (AG) para gerenciar parte do Gigante, cuja reforma custou R$ 390,77 milhões entre 2012 e 2014. Para amortizar a dívida, o SCI repassou à empresa R$ 26 milhões provenientes da venda do Estádio do Eucaliptos, além de R$ 8,4 milhões em dinheiro. O restante é ressarcido por meio da administração de áreas comerciais, vagas de estacionamento, entre outros, pelo Brio.
O contrato assinado em 2012 estabeleceu que as despesas de manutenção seriam compartilhadas ao longo de 20 anos, com o Inter arcando com 66% dos custos. No entanto, a Brio não tem cumprido sua parte, embora detalhes atualizados não sejam divulgados devido a cláusulas de confidencialidade.
O advogado Eduardo Mariotti, contratado pelo Colorado para lidar com o contrato, e o CEO do clube, Giovane Zanardo, mantêm a posição de não divulgar informações específicas sobre o acordo. Enquanto o Inter é devedor da construtora, a dívida da Brio continua a crescer, levantando a possibilidade de uma revisão antecipada do contrato antes dos 20 anos de parceria. Em 2017, a Andrade Gutierrez chegou a tentar vender sua participação no Beira-Rio, e o Inter considerou adquiri-la, mas o negócio não avançou.
Até o momento o caso segue em sigilo na justiça, sem que qualquer das partes comentem publicamente.