Texto por Colaborador: Redação 15/11/2025 - 03:00

Mesmo enfrentando crise esportiva e financeira, o Inter continua com gastos elevados no futebol. Conforme informações divulgadas pelo próprio clube, as despesas mensais com salários, direitos de imagem e encargos sociais de jogadores e comissões técnicas, incluindo atletas profissionais das categorias de base, atingiram média de R$ 21,3 milhões mensais entre janeiro e setembro deste ano.

O montante é apenas marginalmente menor que o observado no mesmo intervalo de 2024, demonstrando a dificuldade do Inter em diminuir a folha salarial, mesmo após realizar mudanças expressivas no elenco durante a temporada. A direção colorada dispensou nomes de alto custo, como Valencia, Wesley, Fernando e Wanderson, numa tentativa de aliviar a estrutura de gastos do futebol. Mesmo assim, o efeito da diminuição foi mínimo sobre o total de despesas mensais.

A desproporção entre o investimento elevado e o rendimento esportivo baixo é motivo de preocupação. O Inter foi eliminado prematuramente da Copa do Brasil e da Libertadores, além de estar perigosamente próximo da zona de rebaixamento no Brasileirão. Com isso, o clube perdeu receitas relevantes de premiações e bilheteria, agravando o cenário de desequilíbrio financeiro.

Nos primeiros nove meses do ano, o déficit acumulado atingiu R$ 42,5 milhões, número considerado alto, embora inferior ao do mesmo período de 2024, quando o clube havia apurado prejuízos de R$ 148,3 milhões. A direção trabalha com a perspectiva de leve melhora até dezembro, impulsionada por aumento de receitas comerciais e diminuição de despesas nos últimos meses, mas reconhece que o endividamento total pode voltar a crescer e se aproximar da casa de R$ 1 bilhão.

Outro aspecto que chama atenção é o fato de o clube ter deixado de quitar algumas obrigações com atletas durante o ano. Essas pendências foram renegociadas e, segundo a direção, estão regularizadas neste momento. A situação foi confirmada publicamente na semana passada por Alan Patrick e Gabriel Mercado, em entrevista coletiva.

O orçamento aprovado no fim de 2024 projetava receitas de R$ 636 milhões e um superávit de R$ 18,3 milhões para 2025. Contudo, as metas orçamentárias dificilmente serão alcançadas.

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