Apesar da boa campanha no Brasileirão, ocupando o quarto lugar, o SCI registrou um aumento expressivo em sua dívida líquida, que alcançou R$ 756 milhões em setembro de 2024, representando um acréscimo de R$ 257 milhões em relação ao final de 2023, quando o débito era de R$ 499 milhões.
O impacto da enchente no Rio Grande do Sul, que inundou o Beira-Rio e impediu o uso do estádio, contribuiu para esse cenário. A diretoria estimou um prejuízo de R$ 90 milhões, quase o dobro da previsão inicial, considerando também a arrecadação perdida.
No entanto, os altos gastos do clube também foram determinantes. O Inter aumentou seus empréstimos de curto prazo de R$ 62,8 milhões para R$ 161,5 milhões, além de elevar a dívida com clubes e atletas para R$ 118,7 milhões, um salto de R$ 74,6 milhões. Contratações caras, como Borré (R$ 33 milhões), Wesley (R$ 11 milhões) e Thiago Maia (R$ 21 milhões), contribuíram para o desequilíbrio financeiro.
O déficit até setembro já era de R$ 148 milhões, evidenciando que o custo do time ultrapassou a capacidade financeira do Inter. Mesmo assim, o clube segue buscando novos empréstimos no mercado para fechar o ano.
Em 2023, o Inter arrecadou R$ 423 milhões, e em 2022, R$ 466 milhões, valores inferiores à dívida atual, que supera um ano de receitas do clube.
As informações são do blogueiro do UOL, Rodrigo Mattos.