Texto por Colaborador: Redação 25/11/2025 - 12:30

O empate por 1 a 1 entre Inter e Santos no Beira-Rio, pela 35ª rodada do Brasileirão, rendeu uma análise do jornalista Alexandre Alliatti, do ge.com. Em sua coluna publicada nesta terça-feira, o cronista avaliou que os dois clubes “disputam quem tem mais cara de rebaixado”, destacando falhas estruturais, queda de desempenho e o clima de tensão que acompanha as duas torcidas na reta final do campeonato.

Alliatti abre o texto com ironia, dizendo que o jogo parecia “uma piada do roteirista” ao cair numa segunda-feira, reunindo no Beira-Rio dois gigantes do futebol nacional que caminham lado a lado com a mesma assombração: o risco real de queda para a Série B. Segundo ele, cada time escolheu um tempo da partida para provar, em detalhes, por que vive situação tão dramática.

Em sua análise, o jornalista afirma que o primeiro tempo escancarou a fragilidade santista, classificando a atuação da equipe de Juan Pablo Vojvoda como “medonha”. Ele destaca que o Santos permitiu que Rochet, recém-retornado do departamento médico, “assistisse ao jogo sem ser notado”, enquanto oferecia ao Inter espaços e facilidades que deixaram a equipe colorada próxima de resolver o jogo antes do intervalo.

“Foi uma nulidade, um conjunto vazio”, escreveu Alliatti ao descrever o Santos, ressaltando ainda a incapacidade do time paulista de explorar as costas de Bernabei, ponto vulnerável já explorado por vários rivais no campeonato.
O bom desempenho colorado, marcado por intensa pressão e chances desperdiçadas por Borré — chamado pelo jornalista de “atacante alérgico a gol” — acabou recompensado com o gol de Alan Patrick.

O cronista destaca que o Inter poderia ter decidido a partida ainda na etapa inicial, e que o clima no intervalo era de otimismo cauteloso, já que a torcida sabia que uma boa atuação não garantia estabilidade a um time instável emocionalmente.

No retorno para o segundo tempo, Alliatti reconhece o mérito de Vojvoda ao corrigir os rumos da equipe com três alterações: João Schmidt, Barreal e Guilherme entraram e mudaram o ritmo do Santos. O time cresceu, encaixou a marcação e, segundo o jornalista, contou com a “nobre arte” do Inter: desperdiçar vantagens.

“O segundo tempo colorado não foi tão ruim quanto a primeira etapa santista, mas teve uma queda vertiginosa.”

Alliatti detalha que o Inter perdeu intensidade, cansou, desorganizou-se e caiu novamente na apatia que marcou sua temporada. Ele descreve o time como um dos mais depressivos do campeonato e afirma que poucos se entregam tão profundamente à prostração.

O ambiente no Beira-Rio refletiu isso: “Quanto mais o Santos tocava bola, quanto mais o Santos se aproximava, mais o Beira-Rio silenciava.”

O gol de empate, marcado por Barreal após assistência de Guilherme, dois jogadores que entraram no intervalo, confirmou o pressentimento generalizado no estádio. A partir dali, o Santos controlou o jogo, enquanto o Inter não demonstrou nenhuma ideia clara para buscar a vitória. As substituições de Ramón Díaz “transformaram o nada em coisa alguma”, e o time deixou o campo sob vaias.

No fechamento da análise, Alliatti avalia que o empate foi melhor para o Santos — apesar de mantê-lo no Z-4, com 38 pontos —, enquanto o Inter chegou aos 41, ambos ainda profundamente ameaçados. Ele alerta que o sofrimento das duas torcidas deve se estender até a última rodada:

“Em comum, carregam o aviso de que o pesadelo não deve terminar antes da última rodada – e de que pode se estender 2026 afora.”

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