A Justiça determinou que o Ministério Público e o governo do Rio Grande do Sul informem se a Fifa ainda deve ser citada no processo sobre os gastos com estruturas temporárias no Beira-Rio durante a Copa do Mundo de 2014. A decisão, assinada pela juíza Jessica Silveira Rollemberg Gomes, foi publicada nesta terça-feira (1), revelou o jornalista Jocimar Farina em sua coluna no GZH.
A ação civil pública foi movida pelo MP em 2016, cobrando R$ 22,1 milhões da Fifa e do Inter pelos valores pagos pelo Estado para atender às exigências da entidade na realização de cinco jogos do Mundial em Porto Alegre. O dinheiro foi utilizado para a instalação de tendas, equipamentos de transmissão, contêineres, ar-condicionado, sofás, carrinhos de lixo e relógios digitais no entorno do estádio.
Em 2024, o Comitê Organizador Brasileiro (COB) foi incluído na ação, atendendo a um pedido do MP-RS, já que o comitê contestou um processo semelhante na Justiça do Distrito Federal como representante da Fifa.
O MP sustenta que o contrato firmado entre Inter e Fifa impôs ao Estado um gasto milionário sem obrigação legal. Para os promotores, a entidade deveria arcar com as despesas caso o clube não o fizesse e, depois, buscar ressarcimento.
Agora, cabe aos autores da ação indicar um endereço para citação da Fifa, que, após nove anos, ainda não foi formalmente incluída no processo.