Texto por Colaborador: Redação 20/01/2023 - 22:39

Em entrevista exclusiva concedida ao Grupo RBS, o técnico Mano Menezes projetou o primeiro Gauchão pelo Inter e apontou o perfil de centroavante que o SCI busca após o término da janela europeia. Vendo o time pronto para iniciar a temporada de 2023, confira alguns dos principais trechos: 

"A expectativa do treinador é proporcional a do torcedor. É justo externamente também ter essa expectativa sobre o time. O futebol sempre tem as suas etapas. Quando começa a construir um ciclo, e ele é virtuoso, passa a ser mais longo. Eu não acredito muito em resultado e conquista se não tivermos alguma coisa que sustente isso. Você pode ganhar um torneio, mas ele passa a ser muito isolado. Penso que um clube do porte do Inter precisa ter algo mais sustentável porque aí você passa a ter um investimento maior, o resultado vai sustentando essa evolução. Fizemos isso bem na primeira parte, e isso leva o torcedor a sonhar. Nós sonhamos juntos, a diferença é que eles sonham lá fora e nós aqui dentro buscamos dar o passo para sustentar esse sonho, mas com os pés no chão sabendo da dificuldade para realizá-lo."

"Antes de pensar em título é preciso olhar para a primeira etapa do Gauchão. Não adianta você olhar para o maior rival sem fazer a primeira parte, que é da classificação. Junto com ela deve se fazer a afirmação de que o time irá repetir o rendimento que fazia e a partir disso evoluir. Já vimos equipes terminarem bem, mesmo com manutenção de treinador e jogador, e não repetir isso. Sabemos e já vimos outros passarem por isso, então trabalhamos para não acontecer conosco. Vamos ver a demonstração se fizemos bem nos primeiros jogos do Gauchão. Iniciar bem é importante para sintonizar com o torcedor aquilo que ele viu no passado e que espera ver (...) Um pecado que não podemos cometer é achar que temos muitas vantagens em cima dos nossos adversários, sentar em cima disso e achar que nada deve ser feito. O futebol te exige evoluir todos os dias. Se acomodar é sempre o primeiro perigo para as coisas não saírem bem. É aí que se tem valor a experiência adquirida nesse tempo. Mas o Inter tem muita gente experiente, não apenas o técnico. As coisas estão andando bem no departamento de futebol. Tudo foi construído para isso."

Busca por um 9: "Se contratou pouco nesse primeiro momento porque acreditamos que o que fizemos foi bem feito. Nós não precisamos sair desesperadamente contratando em quantidade. Podemos diminuir a quantidade e direcionar melhor esse valor que tínhamos que dividir por 15 (jogadores), agora por cinco. Então, temos que trabalhar com outra faixa de jogador para qualificar o elenco. Primeiro porque é necessário que ele tenha essa qualificação porque o time e o grupo melhoraram. A outra é que esses valores são maiores, esses atletas estão em outro universo. Precisamos direcionar essa busca, esperar que algumas coisas aconteçam, por exemplo, fechar a janela europeia em 31 de janeiro. A partir do momento que ela fecha, aumenta a chance de jogadores que não acertaram com um clube europeu ficarem à disposição da América Latina. O futebol brasileiro não oferece tantos jogadores porque eles já estão em clubes que não liberam, então precisamos buscar em outros mercados. Isso cria a ansiedade externa, mas dentro precisamos controlar isso (...) Manter a maior parte do grupo nos faz iniciar a temporada em um nível mais alto. A medida que os jogadores se conhecem bem determinadas coisas da equipe são feitas automaticamente, essa é a maior vantagem de ter a manutenção de ideias com o treinador e de jogadores. Assim você parte de uma ideia de jogar que foi afirmada e executada no passado."

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