Texto por Colaborador: Redação 01/05/2020 - 18:05

A rádio Gre-Nal conversou nesta sexta-feira com Dr. Ivan Pacheco, médico da Federação Gaúcha de Futebol. O entrevistado falo sobre vários assuntos e procedimentos que a FGF irá tomar para tentar reiniciar o Campeonato Gaúcho de 2020. Confira os principais trechos.

TEXTO:

Situação atual: "O que a gente já deixou pronto são sugestões de retorno seguro para as atividades esportivas. Mas obviamente ainda dependemos do governador."

O que foi apresentado: "Elaboramos um documento, baseado em literatura, que não foge muito das condições de higiene que estamos acostumados, para apresentar ao governador na terça-feira."

Os procedimentos: "No vestiário, terá que ter um número de pessoas de cada vez, e uso de máscaras. Não é muito diferente de um supermercado. O vírus age da mesma forma em um supermercado e em um estádio de futebol."

"Sugiro a redução do número de pessoas no banco de reservas, ou então a fixação deles na área de aquecimento durante todo jogo."

Risco aos profissionais: "De todas as medidas que a gente vai tomar, obviamente que não vamos poder evitar e levar ao ponto zero o risco de contágio. Mas temos que trabalhar olhando para a segurança das pessoas."

Como será feito: "Provavelmente por amostragem, por conta do custo."

"Vamos tentar a maior confiança possível. Mas temos que entender que os kits são muito caros. Temos kits de 80 a 300 reais. Mas alguns kits mais baratos são de baixa confiabilidade, com 50% de acerto."

"Eu posso testar todos os jogadores, e daqui a 2 ou 3 dias ele pode estar infectado. No mundo ideal, teríamos que fazer testes todos dias nos jogadores."

Conversas com demais médicos dos clubes: "Eu tenho um grupo com todos médicos. Estou aguardando a resposta para fazermos uma reunião on-line amanhã e criar um protocolo comum."

Maiores dificuldades: "A grande preocupação que a gente são as viagens, porque envolve muita gente dentro dos ônibus."

Responsabilidade da FGF: "Ninguém vai ser irresponsável de colocar as pessoas em risco sem necessidade. Temos que ouvir o apelo dos atletas. E se tivermos segurança, vamos dizer para eles confiarem na medicina e no pessoal da saúde sanitária."

Reação dos atletas: "Eu entendo o receio dos jogadores [sobre voltar a jogar], e entendo também daqueles que temem perder o seu emprego. É uma situação delicada. Nós vamos tomar uma decisão exclusivamente técnica, e não na emoção."

Prioridade na saúde ou financeira? "Os clubes têm problemas financeiros e isso precisa ser levado em consideração."

Risco com aumento dos casos: "O achatamento da curva já está sendo feito com essas medidas de confinamento."

Previsão de retorno: "Ninguém bateu martelo. Nós estamos estudando a possibilidade, vendo se é viável ou não. Não sei o que vai acontecer."

Cuidados:  "Higienização dos ônibus é uma coisa fácil de fazer. A maioria dos times tem. E mesmo os que não tem, tem a sua empresa de confiança. Tem os motoristas que estão acostumados com aquela equipe. A nutrição também dá para resolver. Não precisa parar nos restaurantes, leva caixas com comidas e bebidas."

Aprendizados para o futuro: "Se o ser humano não aprender nada com o Coronavírus, não valeu para nada."

"Tem um lado bom do Coronavírus, que as pessoas aprenderão modos de higiene e educação."

"Dependendo do que definirmos na reunião com os médicos dos clubes, podemos alterar alguns itens junto ao presidente Hocsman."

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