Texto por Colaborador: Redação 05/03/2021 - 17:56

O Inter apresentou oficialmente nesta sexta-feira o técnico Miguel Ángel Ramírez. O treinador espanhol foi apresentado pelos dirigentes e depois respondeu as perguntas dos jornalistas na sala de imprensa do Gigante da Beira-Rio. Confira como foi.

VÍDEO:

DECLARAÇÕES:

Alessandro Barcellos: “Contamos com a chegada de um técnico que vão construir um novo modelo de jogo. Propositivo. Uso de jovens talentos. Uso da ciência de dados. Um modelo novo”.

"Quero agradecer ao Miguel por acreditar neste projeto. O Inter escolheu o Miguel e ele escolheu o Internacional. É um ponto fundamental para fazermos um grande trabalho”

“Ramirez tem um perfil inovador. Despertou o interesse de vários outros clubes. Agradeço em público. Ele compreendeu o nosso projeto e mergulhou a fundo. O mais importante: nós escolhemos ele e ele nos escolheu”.

"São mudanças. Sabemos que elas geram sentimentos. Mudanças requerem tempo e adaptação. Estamos dispostos a assumir isso junto com ele”.

“O Inter acolheu, na sua história, ídolos que vieram de fora. Figueroa, Benitez, Ruben Paz, Gamarra, D’Alessandro e tantos outros que vieram de longe e deram alegrias ao nosso torcedor. O Clube do Povo vai acolher vocês e dar respaldo”.

João Patrício: "Quero agradecer ao Miguel, sua comissão, ao Paulo Bracks, que praticamente não dormiu nos últimos sete dias. Miguel, você terá todo o respaldo para fazer esse trabalho inovador no Internacional. Pode ter certeza que aqui terão profissionais preparados e amigos. Temos um estafe extremamente experiente para que a gente possa ter uma grande temporada em 2021. Conta conosco e boa sorte."

Paulo Bracks: "Queria agradecer ao Miguel Angel Ramirez e a toda sua equipe que estamos trabalhando já há alguns dias. Um espanhol, um argentino e um colombiano, mas a bandeira que vamos erguer aqui é a do Internacional"

Miguel Angel Ramirez: "Primeiro que estou aprendendo, então prefiro começar em espanhol. Independentemente de quem me quis, no primeiro momento a convicção por um projeto estava por cima do nome, não sei se da moda. Tenho uma comissão técnica muito jovem, temos muito talento e muito trabalho no que fazemos. Viemos de muitos anos trabalhando. E o Internacional nos dá a possibilidade de não estar no barro, mas num gramado incrível que acabamos de pisar, num estádio mundial, que acabamos de conhecer. Num clube com uma história incrível e que ganhou muito nos últimos anos. E ganhou coisas que muitos clubes grandes tentam e tentam e tentam e não conhecem ganhar."

"Em um primeiro momento, com a equipe de Paulo Bracks, tivemos certeza que estávamos no lugar certo. Entendo o futebol como um espetáculo, e que se precisa ganhar. Ninguém entrar para não ganhar. E vamos ganhar. Estaremos aqui para convencer os jogadores de que podemos ser campeões e dar à sala mais troféus, agradecer à torcida o apoio, foi muito carinhosa desde que chegamos. Teremos que estar juntos, e juntos as dificuldades passam mais rápido. Tenho muita esperança que faremos algo muito bonito aqui. Ficamos agradecidos por buscar cada um de um país, e ohoje o futebol não tem mais fronteiras. Muito obrigado!".

"Vamos ter tempo. Vamos começar na segunda já com teste de covid e físicos para podermos separar após um período de descanso. Desde o primeiro dia, transmitindo uma mensagem com conteúdos. Há treinamento suficiente para construir. O Gauchão vai ajudar a ir competindo, ajustando, para tentar chegar às melhores condições à Libertadores, Brasileirão, sabendo que é algo novo, distinto, que vai precisar de tempo, que vai precisar da nossa habilidade como treinadores, porque os jogadores são suficientes para entender. Temos que ser ágeis para desenvolver o conteúdo."

Sobre reforços: "Há partes e partes, de ir nos acomodando, o plantel a nós e nós ao plantel. Não posso dar números, porque precisamos estar com eles e ver o que vivenciam, as respostas individuais. A partir disso, tomar decisões junto ao clube. Necessitamos de um tempo de entendimento comum. Precisamos saber quem é capaz de evoluir e se adaptar e quem não. Mas é um trabalho conjunto. Creio que é uma aventura juntos. E creio que assim vai funcionar. Começamos na próxima semana e avaliando certos comportamentos das resposta que têm para tomar decisões desse nível".

Sobre a base: "Será um trabalho de equipe. Eu sou uma figura mais do quebra-cabeças, da engrenagem de um clube. Primeiro obviamente tem que ter um comprometimento das partidas. Vi partidas em vídeo da equipe sub-20. Já conheço jogadores do elenco principal e agora me toca conhecer os outros. Este é o primeiro passo. E temos tendo essas reuniões com o diretor executivo para marcar o mapa e a linha de evolução, porque é um trabalho largo. Toda a estruturação do futebol de base é amplo e não serei o responsável por isso. Estarei junto com a estrutura do clube e colocar em prosseguimento para o que queremos. O clube pode contar comigo sobre qualquer decisão a nível principal ou de base."

Preparação: "Demos um tempo, preparando, porque o Brasil era o destino final. Era o mais importante estar integrado ao idioma e à cultura do país. Neste sentido, saí da Espanha, estive na Grécia, no Catarm no Equador. Sou um cidadão do mundo. Eu gosto de experimentar culturas diferentes. Para o futebol, não sei se há uma forma de se preparar. Devo a pessoas que me apoiaram e me fizeram chegar aqui. Mas não sei se alguém se prepara para isto. Os anos, a experiência que vai somando dão bagagem de coisas para colocar na mochila. Mas o esporte é o mesmo, a bola é a mesma. Creio que estou preparado, e a comissão técnica está mais preparada que eu. Estamos preparados para esta aventura."

Sobre o futebol no Brasil: "Desafortunadamente, nos últimos meses no Equador, creio que nos prepararam. Partidas a cada dois dias. Algumas às vezes até sem treinar. Com o plantel completo, mas alguns jogadores contaminados. Criamos ferramentas para nos reinventar e ser competitivos. Além dos treinamentos, o vídeo é fundamental. Nas viagens vamos usar muito isso para analisar o rival do momento. Sabemos do calendário, da rivalidade. Vamos tratar de quebrar a cabeça para sermos mais eficazes e cooperativos. Já pudemos entender a estrutura do clube, que é muito boa e vai ajudar a enfrentar as dificuldades."

Uso de jovens: "Eu pretendo ganhar. Esse pensamento limitante é o que nos faz não ter coragem para que Lucas Ribeiro, Pedro Henrique, Nonato, Praxedes não joguem. Porque não têm experiência. Como terão se não jogam? Nosso pensamento é diferente. Temos que ter bem posto para colocar os jovens no campo e o treinador no banco."

Sobre Guerrero: "Com respeito a Paolo, resumo o dia que encontrei ele. Estava no trabalho de readaptação, nos cumprimentamos, disse que o queria ver logo em campo. E a resposta foi: “na segunda eu jogo”. Queremos jogadores com mentalidade assim. Queremos muito trabalhar com ele, é um profissional incrível, dizem os que trabalharam com ele. É um profissional que treina muito bem e quer dar tudo pelo Internacional e pela sua seleção. O que mais vou dizer? Muita vontade de começar a trabalhar com ele, que faça sentir-se o grande jogador que é."

"O clube me contatou no período pré-eleitoral pela primeira vez. E me deixaram muito claro que eu não era o candidato, era um candidato. Aí me mostraram o projeto, como disse antes, conheci pessoas atrás do projeto que entendi que valiam a pena. A conexão veio por uma pessoa que para mim no mundo do futebol é tudo, e me passou muita informação positiva."

Sobre falta de títulos brasileiro: "Não é tão fácil, como indicam os anos do clube sem ganhar. Só ganha um. Temos que analisar muitos fatores e nos levam por vários caminhos difrerntes. De início, tentaremos dar uma condição de otimismo e esperança a um grupo golpeado por tudo que aconteceu. Vamos tentar e tentar e tentar. O que aconteceu na última rodada, a bola não entrou, ou foi impedimento, mas se estivesse habilitado, seríamos campeões. Por isso é tão difícil ser campeão."

"Não sei se há algo concreto. Creio que há muitas coisas. Eu vi ao vivo o jogo contra o Barcelona que fez o Inter campeão do mundo. Desde pequenos, aprendemos a seguir o futebol brasileiro. Clubes de outros continentes nunca estavam tanto na nossa vida como os brasileiros. E toda vez que chegava na Espanha, eram grande jogadores, que viraram nossos ídolos. Eu vi o vídeo do Beira-Rio cheio de gente, que me arrepiou, e tomara que o mais rápido possamos desfrutá-lo para ter certeza que valeu a pena vir aqui. Eu gosto muito de trabalhar, vir ao clube, conversar com as pessoas que me motivam. Quero muito conhecer coisas que ainda não sei."

Sobre xenofobia no futebol: "É normal no ser humano ter um lado obscuro neste sentido. Venho de uma ilha muito próxima da África, e cada dia chegam mais imigrantes em busca de refúgio. E lá há pessoas que acham que são donas dessa ilha só por ter nascido lá e negarem quem chega. Eu sou um migrante também e sempre me senti acolhido em cada país que estive. Mas também tentei me integrar a cada país que estive. No Catar, aprendi árabe, tentei comer o que comem, fazer o que fazem, entender a cultura. No Uruguai e no Equador foi a mesma coisa. Aqui será o mesmo. Às vezes há pessoas que acham que são donas de algum lugar."

Ramírez se encanta com a história do clube: "A história do Inter conheço muito antes de ir no museu hoje à tarde. Dessa história o que me chamou a atenção foram os personagens que quiseram começar isto e foram reunindo amigos e pessoas que queriam jogar futebol. Isso é muito parecido com hoje em dia, em que vamos juntando amigos e vizinhos para jogar futebol, depois organizam um uniforme. Essa é a história de todos. É a história do empregado do hotel que abriga o clube, do funcionário que trabalha no CT, estamos em uma corrida como empregado do clube. De que ajuda precisa? Eu posso lhe ajudar. Isso mostra como se comporta quem é do Internacional."

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