Texto por Colaborador: Redação 25/12/2020 - 20:24

Em entrevista concedida ao jornal espanhol "El País", o provável novo técnico vermelho para 2021 e 2022, Miguel Ángel Ramírez, falou sobre o desafio de trabalhar no Brasil, se dizendo com "frio na barriga" e o que quer implantar no Beira-Rio.

Segundo a publicação, que descreve o treinador como um "desconhecido", Ramírez ainda aguarda uma posição da nova direção colorada, se assume já em janeiro ou somente em fevereiro, após o fim da temporada, quando se encerra o contrato de Abel Braga.

“Dá esse frio na barriga do incerto, mas esse salto vejo como uma oportunidade, mais que uma ameaça, para seguir explorando limites”, disse o técnico, que já se despediu do Independiente Del Valle, no qual foi campeão da Copa Sul-Americana de 2019.

“Se o futebol profissional me diz que não estou preparado, vou fazer outra coisa. Não tenho medo do fracasso. Sempre penso que venho de uma ilha muito bonita e o pior que me pode acontecer é voltar a viver nesse paraíso”, completou ele, que é de Las Palmas.

Quando assumir o Inter, aliás, o espanhol já sabe o que quer implantar desde o primeiro dia: “Controle de jogo através da bola, pressão depois de perder a posse e superioridade em todas as zonas".

Na mesma entrevista, Ramírez também falou que não esperava a ascensão tão rápida da carreira. “Não pensei que iria durar muito como treinador, pensava que ia ter data de validade, que voltaria ao futebol de base. Não é normal que as coisas saiam tão bem.”

“Tudo veio tão rápido, com tanto barulho, que ainda tento assimilar. Haverá um momento que você joga tudo para o alto e só chama sua mãe para ver como está. Não sei quanto tempo vai durar tudo isso, nem me preocupo. Pelo futebol, perdi o cabelo. Só quero desfrutá-lo, sofrê-lo e tirar aprendizados”, complementou, lembrando suas maiores experiências no Del Valle.

“Nunca havia jogador em um estádio como o da Universidad Católica do Chile. Tínhamos 5 a 0 a favor da ida, mas essa torcida te deixava em dúvida. Era a primeira vez que enfrentava uma situação de eliminatória e essa pressão de uma torcida”, afirmou.

“Me tremiam as pernas. O mesmo aconteceu no estádio do Corinthians e no do Independiente de Avellaneda. A final da Copa Sul-Americana, contra o Colón e 40 mil argentinos gritando, foi gasolina na veia”, acrescentou, citando a campanha do título de 2019.

Fonte: ESPN BR

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