Texto por Colaborador: Redação 20/04/2021 - 00:10

Em entrevista à Rádio Bandeirantes na prévia da estreia colorada na Bolívia frente o Always Ready, na altitude de La Paz, o ex-preparador físico do Inter, Paulo Paixão, falou sobre os impactos de se jogar a mais de 3 mil metros de altura. Confira suas principais declarações:

Dramas de se jogar na altitude: "Primeiro que é uma agressão sem fim ao metabólico do atleta, enquanto não tivermos um óbito, não vão tirar os clubes (da altitude), que eles venham jogar em nível do mar. O outro ponto que eu entendo também é que a partir do momento que não se tem 3 semanas ou 21 dias, visto que a partir do 15° dia ela passa a ser um pouco mais favorável (os efeitos), o que é praticamente impossível no calendário mundial, esse cronograma que o Inter planejou é igual a praticamente todos os clubes. Isso que dizer que vai amenizar, mas ao pisar no solo, alguém, um ou outro - o que depende do fator biológico - pode passar mal. Certo é 3 semanas, com exercícios moderados, a partir da 2° semana exercícios mais intensos e na 3° de intensidade para haver a adaptação. Fora disso aí, toda providência é paliativa (...) A maioria desses clubes do Peru e Bolívia são inferiores tecnicamente, vai muito também da qualidade técnica. Correr só não te faz ganhar uma partida de futebol. Então único risco que acho para o Inter são essas 3 mudanças muito próximas de treinadores. Consequentemente se não tiver uma ação tática boa, o Inter poderá sofrer.

"A questão psicológica é muito bonita, mas na hora que começa a faltar o ar, é diferente. Fundamental é ter organização tática para que se corra certo e consiga envolver esse tal de ar rarefeito. Não vejo nenhuma solução ter os 21 dias para uma adaptação. Infelizmente é o ônus de quem tem uma classificação para a Copa Libertadores."

Sobre a logística de viagem do Inter de chegar horas antes: "Ela vai minimizar, porém dentro dos meus conhecimentos a minimização será pequena, como eu falei anteriormente é uma solução paliativa".

Cuidado com Guerrero: "Principalmente que o Paolo, é um atleta que iria sofrer mais, porque é um atleta que pratica mais o 'sprint', corridas de 20 ou 30 metros em velocidade. Com 37 anos é mais um agravante. A decisão foi sábia."

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