Texto por Colaborador: Redação 10/12/2025 - 09:57

O planejamento orçamentário para 2026, elaborado pela gestão atual e que será submetido ao Conselho Deliberativo na segunda-feira vindoura, evidencia a dificuldade do Internacional em enfrentar seus desafios econômicos. Conforme informação do jornalista Fabrício Falkowski, no Correio do Povo, ao invés de cortar despesas ou estabelecer metas para redução do endividamento, que deve alcançar a marca de R$ 1 bilhão até o encerramento deste ano, o documento apenas adia o enfrentamento da crise.

Conforme o planejamento ao qual o Correio do Povo teve acesso, os investimentos no departamento de futebol alcançarão R$ 406,5 milhões no próximo exercício, enquanto a previsão de saldo positivo é de meros R$ 530 mil, quantia insignificante frente ao montante do endividamento colorado, que estava em R$ 860 milhões em dezembro de 2024.

O orçamento, com data de 19 de novembro, chega a contabilizar receitas de competições da Conmebol (aproximadamente R$ 23 milhões entre bilheteria e direitos de transmissão) mesmo após o Inter não conseguir vaga para a Libertadores ou para a Copa Sul-Americana, tornando tais entradas completamente inexistentes em 2026. Mesmo assim, o documento projeta um resultado praticamente neutro, sem qualquer margem que possibilite diminuir o passivo ou reduzir o custo financeiro da dívida, que segue pressionando o caixa da instituição.

Outro aspecto que chama atenção é a expectativa de elevação nas despesas financeiras, mesmo com a previsão de declínio na taxa Selic ao longo de 2026. Na prática, isso significa que o clube deve contratar novos financiamentos ou manter um patamar de endividamento elevado, ampliando um problema que já compromete operações básicas.

A folha salarial do futebol permanece estável, indicando que o Inter continuará gastando mais do que consegue arrecadar, enquanto as despesas gerais, administrativas e comerciais crescem 14%, reforçando uma ausência de austeridade. Nesta terça-feira, o clube foi alvo de um transfer ban da Fifa por estar inadimplente com pagamentos a outros clubes.

Dessa forma, fica evidente que, no momento em que deveria apresentar um planejamento capaz de reequilibrar as finanças, o Inter projeta um orçamento que ignora a urgência de sua situação econômica e posterga, novamente, a solução de problemas que se acumulam há anos.

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