Texto por Colaborador: Redação 26/04/2020 - 17:59

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani tem se notabilizado pela atuação na Comissão Nacional de Clubes e pela liderança demonstrada em conversas importantes para o futebol. Em entrevista ao podcast Chá Comigo, com Elton Serra, o mandatário baiano falou sobre como vê o impacto causado pela pandemia no futebol brasileiro.

“Eu vejo as crises, mesmo lamentando-as, ainda mais dessa dimensão que cria efeito no futebol e no mundo todo, como oportunidade para ver estruturas que estavam mais enfraquecidas e que talvez aproximem o seu final, fechem o seu ciclo, mas também que se abram novos ciclos no sentido de buscar novas perspectivas e soluções. Os problemas daqui em diante serão de outra dimensão, que nós não éramos capazes de calcular há seis meses”, avaliou o presidente via ecbahia.com.

Em relação ao calendário brasileiro, Bellintani revelou que existe a possibilidade de mudanças drásticas, no que passaria pela reestruturação de datas do Brasileirão e do sistema de disputa dos estaduais.

“Isso, naturalmente, pode passar por uma revisão e uma reestruturação do calendário do futebol brasileiro. Não tenho a menor dúvida disso. Não tenho nenhuma dúvida de que essa situação, talvez, tenha vindo também para provocar o enfraquecimento de estruturas que já estavam no seu declínio e que vai gerar o encerramento total de ver o futebol brasileiro. Eu não tenho nenhuma dúvida disso. Acho que é uma chance que nós temos que aproveitar”.

“Há diálogo em todas as esferas. Primeiro, a partir de uma concepção que eu tenho de se criar um calendário mais aberto do futebol brasileiro, com o campeonato nacional começando em fevereiro e indo até novembro ou dezembro, com uma pré-temporada mais longa. O campeonato brasileiro posicionado apenas nos finais de semana, com Datas Fifa posicionadas com maior equilíbrio. Assim, a gente deixando o meio de semana para Copa do Brasil, Libertadores e Sul-americana, fazendo com que os estaduais sejam disputados por outras equipes que não disputam as Séries A ou B; que sejam torneios de acesso à Série D. Acho que esse é um caminho bem possível, bem factível, que reposiciona o calendário do futebol brasileiro”.

Ainda de acordo com Bellintani, o Projeto de Lei apresentado na Câmara dos Deputados a pedido da Comissão Nacional de Clubes e da CBF, de congelar por 12 meses o pagamento de parcelas do Profut, visa somente oferecer mais tempo para se pagar as dívidas, não se tratando de um "perdão fiscal". 

Entrevistado pelo Blog do PVC, ressaltou: "Estamos falando de carência nos prazos de pagamento, não de perdão. Ninguém no futebol quer perdão das dívidas".

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