Texto por Colaborador: Redação 12/05/2025 - 14:05

Mesmo sob intensa pressão e às vésperas de uma partida decisiva pela Libertadores, Roger Machado seguirá no comando do Inter independentemente do resultado diante do Nacional, nesta quinta-feira, no Uruguai. Internamente, a direção trata o treinador como um dos profissionais de mais alto nível do país e reforça a confiança em um trabalho de longo prazo. 

A informação foi divulgada pelo repórter Leonardo Moll, da Band RS, que reforça a posição do clube de manter estabilidade técnica mesmo em meio à turbulência.

De acordo com as informações do jornalista, o clube acredita que existe uma tentativa explícita de parte do ambiente externo em criar uma animosidade contra o treinador. A avaliação da cúpula colorada é de que o Inter enfrentou a pior sequência de jogos entre os 20 clubes da Série A, num calendário que não oferece tempo de recuperação adequado.

Apesar da confiança, o momento é dos mais delicados. A goleada por 4 a 0 sofrida para o Botafogo, no último domingo, escancarou uma fragilidade que se repete nas últimas rodadas: a defesa do Inter tem sido facilmente superada. Foram 15 gols sofridos nos últimos seis jogos — média de 2,5 por partida — incluindo derrotas para Nacional-URU, Juventude, Corinthians, Atlético Nacional e Botafogo. A exceção foi a vitória sobre o Maracanã-CE, quando a equipe não foi vazada.

Outro dado alarmante é que em seis das últimas sete partidas o Inter saiu atrás no placar. Isso ocorreu contra Palmeiras, Grêmio, Nacional-URU, Juventude, Corinthians, Atlético Nacional e Botafogo. A vulnerabilidade defensiva também resultou na maior goleada sofrida no Brasileirão desde 2021, quando perdeu por 5 a 1 para o Fortaleza.

O Inter soma apenas 37% de aproveitamento nas oito primeiras rodadas do Brasileiro e ocupa a 13ª colocação. Há risco real de entrar na zona de rebaixamento já neste fim de semana, caso ocorram alguns resultados combinados. A equipe colorada, que encara o Mirassol no domingo, ainda convive com lesões, desgaste físico e um calendário sufocante. Com 12 gols sofridos, tem hoje a quarta pior defesa da competição, ao lado do Grêmio.

A atual sequência de três derrotas consecutivas iguala a pior marca de Roger Machado no comando da equipe — anteriormente registrada no fim do último Brasileirão. A diferença, agora, é o momento decisivo da temporada e a queda de rendimento mais acentuada, com perda de identidade tática e organização em campo.

A partida contra o Nacional, no Uruguai, é tratada como uma oportunidade de retomada. A classificação às oitavas da Libertadores virou a prioridade no clube, que aposta na força do grupo e na manutenção do comando técnico para tentar reverter a má fase e salvar a temporada.

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