Texto por Colaborador: Redação 08/05/2020 - 18:06

Em entrevista feita à Rádio Gaúcha nesta sexta-feira (8), o presidente do Grêmio afirmou que o clube não está preparado para ficar muito tempo sem jogar. Segundo ele, não há como sobreviver com um retorno das atividades perto do fim do ano.

“Nós teríamos que suspender todos nossos compromissos com a folha de pagamento, suspender contratos. O Grêmio não sobreviveria se voltasse só no final do ano. É absolutamente impossível para qualquer clube brasileiro. Se, no Rio Grande do Sul, pudermos voltar daqui a dois ou três meses, todo o cenário nacional passa por Rio e São Paulo. Sem aeroportos, que passam por lá, sem os clubes de lá, não tem como equalizar isso. Não teríamos como jogar. Independentemente do prazo que voltem, o importante é que voltem. Querer jogar parece que virou uma questão política. Não é isso. Nós gerimos futebol, e misturar política com futebol, sinceramente, não dá certo. Quero dizer que será fundamental que isso aconteça, mesmo com um calendário que perpasse 2020”, disse o mandatário rival, para acrescentar. "Acho que clubes pequenos e médios, já passou o prazo. Cada clube vai sobreviver pela sua capacidade de endividamento. Não sei a dos outros, sei a do Grêmio. Mas creio que a capacidade de endividamento dos clubes brasileiros é muito pequena. Se não vendermos algum jogador ou tivermos alguma receita que possa cobrir o rombo momentâneo, só teremos uma solução: recorrer aos bancos. Ainda bem que o Grêmio tem um lastro de crédito, mas teremos de pagar. Com a insegurança, principalmente em relação ao campeonato nacional, talvez nem seja possível dar garantia para os bancos. Teremos que ter muita calma".

Sobre o calendário, Romildo não vê um cenário factível a médio prazo: “Acho que não jogamos (as competições nacionais) antes de setembro. É a minha impressão. Mas pode ser melhor. Em agosto, acho que daria para encaminhar tudo. O Brasileiro e Copa do Brasil, pelo menos. Não falo em calendário sul-americano. O Campeonato Gaúcho, um pouquinho antes disso. Libertadores é difícil, não vejo como reiniciar neste ano”, finalizou.

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