Texto por Colaborador: Redação 02/07/2020 - 00:00

A Rádio Bandeirantes conversou nesta quarta-feira (2) com João Patrício Herrmann, vice presidente do Inter. O diretor falou a respeito de vários temas, desde o possível retorno do futebol e também criticou as ações do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite por não dar o aval ao retorno do Estadual e aos treindos dos clubes. Confira os principais trechos.

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Contexto atual: "A gente reconhece as dificuldades sanitárias, mas infelizmente já estamos indo para o quarto mês (sem futebol) e a situação está ficando complicada. Investimos demais nos cuidados sanitários, estamos seguros de que o futebol pode voltar a ter a bola rolando, assim como em outros estados".

Sobre os casos de Covid no elenco: "O protocolo foi seguido, o Inter não escondeu nada e foi transparente (em relação aos casos de Covid-19). Nos deixa bastante chateados essa situação, temo pelo futuro do esporte no Rio Grande do Sul".

Decisões dos políticos: "Vamos seguir respeitando as ordens do prefeito e do governador, mas temos o direito democrático de acreditar que é possível retornar o futebol"

Escolha do Grêmio por treinar fora do estado: "A decisão do Grêmio (de treinar em Santa Catarina) é louvável, respeitável. Não temos nada para dizer, a não ser a decepção com as últimas notícias (em relação a falas do governador)"

"Nosso treinador está aqui, todo o dia junto com os atletas, mesmo sem poder fazer trabalhos táticos. O Internacional se sente melhor na sua casa. Neste momento, entendemos que o melhor é ficar aqui".

Opinião sobre as decisões do governo gaúcho: "Acho que está faltando sensibilidade ao governo. O secretário do Esporte (do RS) esteve no Beira-Rio semana passada, e ele não é político, é técnico. Ficou encantado com o protocolo. Isso está bem encaminhado"

"Sentimos que a postura atual (do governo estadual) não é técnica, é populista. Acho que o futebol não pode ser tratado dessa forma. (O futebol no estado) move R$ 1 bilhão, não é R$ 1,99".

"Quem não sabia que o pico ia ser em julho? Houve um erro de avaliação, ninguém pode parar por quatro meses".

"A gente entende que pode manter os treinamentos aqui sem perder muita questão técnica, mais do que já foi perdido. O que já tinha para perder, a gente já perdeu".

"Nós entendemos que o Grêmio está fazendo uma pressão no governo. Eu, se fosse governador, teria muita vergonha se os clubes saíssem do estado para fazer treinamentos".

"Já conversamos com governador, prefeito. Fazemos parte de uma federação que tem seus representados perante o governo estadual. Nós não podemos passar por cima das decisões do colegiado da FGF".

Possíveis novos casos: "É claro que a doença pode acontecer. Tivemos os quatro casos e prontamente alertamos vocês (imprensa). O protocolo foi seguido, todos estão em suas casas, com os devidos cuidados".

"Seria uma vergonha para o Rio Grande do Sul se não terminasse o Gauchão. Existe um movimento muito grande de enfraquecimento dessas competições (estaduais). Acho que não concluir o campeonato seria um desprestígio muito grande. Nós ainda acreditamos que o futebol vai retomar os coletivos ainda nesse mês".

"Mas tomara que isso não aconteça. Que Porto Alegre já esteja preparada para receber o futebol".

"Precisamos entender o que está pensando o governo do estado e o que planeja a CBF. Daqui a pouco teremos de jogar em outra sede (o Brasileirão), não descarto".

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