A oposição no Internacional busca adiar para 2025 a votação do projeto de emissão de debêntures, prevista para o Conselho Deliberativo no dia 16 de dezembro. A proposta da gestão Alessandro Barcellos visa captar R$ 200 milhões com investidores, aliviando o fluxo de caixa e reduzindo gastos com juros, mas enfrenta resistência quanto às garantias exigidas, que incluem o Beira-Rio, receitas sociais, bilheterias e contratos publicitários.
Se o adiamento for aprovado, o recurso só estaria disponível na metade de 2025, comprometendo o planejamento financeiro e esportivo da próxima temporada. A reunião extraordinária foi marcada após pressão de torcedores, que organizaram um abaixo-assinado com mais de 3 mil assinaturas.
O assessor de projetos do clube, Wellington Silva, defendeu a proposta em entrevista, afirmando que as debêntures são uma alternativa para proteger o patrimônio e melhorar a gestão financeira do Inter. Ele garantiu que o Beira-Rio não corre risco de deixar de pertencer ao clube. Se aprovado, o projeto prevê um pagamento em cinco anos e pode reduzir em cerca de R$ 40 milhões os gastos anuais com juros, atualmente em torno de R$ 70 milhões.
"O Beira-Rio não deixará de ser do Inter sob nenhuma hipótese. Na verdade, o projeto das debêntures,visa proteger o nosso patrimônio, o nosso quadro social, conseguir desafogar o nosso futebol... As debêntures, caso aprovadas, caso avancem, elas não são um comprometimento do futuro do clube, são uma possibilidade mais eficiente e mais econômicas de garantir o futuro do clube."