Texto por Colaborador: Redação 27/06/2025 - 04:00

Faltando pouco para a abertura da janela de transferências, o vice-presidente de futebol do Inter, José Olavo Bisol, fez um diagnóstico claro da realidade colorada: o clube está ativo no mercado, mas enfrenta dificuldades em meio a um cenário inflacionado e altamente competitivo. Ainda assim, o dirigente mantém o otimismo e garante que reforços chegarão. Em entrevistas ao ZH e Correio do Povo, falou sobre o tema:

“O mercado é muito complexo e competitivo. Basta ver a dificuldade de se encontrar atletas com baixo valor e boa capacidade competitiva. Todos os clubes têm as tecnologias atuais. Então, qualquer avaliação pública, no sentido de dizer quantos, em que posição e falar em CPF, estamos, na verdade, externando nossa estratégia, o que pode implicar numa situação de perder um atleta”, disse Bisol, que reforçou: “Estamos ativos no mercado, cientes das nossas possibilidades e também das necessidades de fortalecimento”.

A ideia do Inter é anunciar reforços pontuais assim que a janela abrir, no dia 10 de julho, de preferência a tempo de integrar os novos nomes ao elenco antes dos confrontos decisivos contra Flamengo (Libertadores) e Fluminense (Copa do Brasil), além da retomada no Brasileirão. A prioridade é encontrar um zagueiro e um volante, principalmente para suprir a ausência de Fernando, que só retorna no fim da temporada.

Apesar do cenário de restrições financeiras, Bisol não descarta investimentos pontuais, desde que bem planejados. Questionado diretamente sobre a possibilidade de contratar jogadores do nível de Rafael Borré, o dirigente foi enfático: “Evidentemente, a gente não tem essa capacidade financeira hoje para investimento. Mas a gente já demonstrou capacidade de investir, mesmo com limitação orçamentária”.

Como exemplo, ele citou os casos de Carbonero — emprestado pelo Racing por 350 mil euros — e Vitinho, que pertence ao Dínamo Kiev, mas veio por empréstimo via Bragantino. “A gente tem, cada vez mais, buscado eficiência, criatividade e análise de dados. Precisamos ter muita convicção no diagnóstico que está sendo feito internamente, das posições que eventualmente a gente precisa”, pontuou.

Outro ponto levantado por Bisol foi a expectativa de entradas financeiras com negociações indiretas. A venda de Johnny do Real Betis para o Atlético de Madrid, por exemplo, deve render ao Inter pouco mais de R$ 30 milhões, graças ao mecanismo de solidariedade da FIFA.

Em relação a possíveis saídas, como a de Vitão, o dirigente reconheceu que nenhuma peça é inegociável, mas reforçou que o clube não pretende abrir mão da competitividade. “Vitão é um ativo nosso, um jogador extremamente importante. Eu o considero um dos melhores zagueiros do Brasil, ou o melhor. Se eventualmente isso acontecer, vamos buscar reforços à altura”, afirmou.

Bisol também destacou o papel da base, lembrando o caso de Gabriel Carvalho no ano passado, e reconheceu que jovens seguem sendo observados pelo mercado. “Pode ser que o mercado prefira jovens e dê oportunidades para o nosso pessoal da base. Os meninos têm bastante procura.”

Mesmo com limitações no orçamento, o Inter trabalha para manter a ambição em alta. “Nossa convicção e nossa estratégia não são de perder a capacidade competitiva. Mais do que isso, a gente tem que entender também como o mercado vai se movimentar, muito além dos atletas que estão aqui dentro do nosso departamento hoje.”

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