Texto por Colaborador: Redação 25/11/2025 - 02:50

Apesar do apoio de mais de 37 mil torcedores no Beira-Rio, o Internacional tropeçou novamente no Campeonato Brasileiro. O empate em 1 a 1 com o Santos, nesta segunda-feira, deixou o Colorado em situação preocupante: são 41 pontos, apenas três a mais que a zona de rebaixamento, com três rodadas restantes. No pós-jogo, o vice de futebol José Olavo Bisol expressou frustração e indignação, além de destacar a urgência em fortalecer psicologicamente o elenco para os confrontos decisivos.

Inicialmente, Bisol agradeceu o apoio massivo da torcida e garantiu que o clube atuará para proteger emocionalmente os jogadores antes do duelo desta sexta-feira, diante do Vasco, no Rio de Janeiro. "Nosso sentimento é de frustração e indignação, principalmente pelo que apresentamos no primeiro tempo e depois caímos de rendimento no segundo. Mas precisamos do torcedor, pois enfrentamos um desafio enorme", declarou.

O dirigente esclareceu o conceito de blindagem: "Blindagem não é impedir que vejam o treino. É trabalhar o emocional, confiança, psicologia. Tua interpretação é limitada. Quando pedimos apoio, pedimos pela instituição. Não estou pedindo apoio pro Bisol. O clube é muito maior do que as pessoas que estão aqui".

Bisol reconheceu que haverá momento adequado, após o campeonato, para avaliar erros e acertos da temporada, mas enfatizou que o momento atual exige união e foco total na permanência na elite. "Teremos a oportunidade de fazer as críticas e a prestação de contas do que ocorreu na temporada. Mas agora não é o momento. Agora, precisamos do apoio", ressaltou.

O vice de futebol também abordou um aspecto que considera crucial para os jogos finais: a confiança da equipe. Para ele, a atuação contra o Santos evidenciou a fragilidade emocional do time sob forte pressão. "Para mim é muito claro que o time necessita de confiança. Isso ficou evidente na partida de hoje. A blindagem vem nesse aspecto. Até porque são esses jogadores e essa comissão técnica que irão até o final. Mas tenho convicção que vamos conseguir. Vai ser duro, mas vamos conseguir."

Bisol ponderou que o futebol não dá certo ou errado por um único fator: "São vários fatores conjugados que geram resultados".

Sobre como a confiança será recuperada nos três jogos finais, o dirigente explicou: "Não sou psicólogo, mas tenho um departamento que trabalha nisso. Não é só o treino, não é só pagar em dia, não é só um bom primeiro tempo. Acreditamos que isso é importante, mas será reflexo de cada pessoa... É uma série de fatores que precisam ser recuperados. A psicologia é importante, mas cada pessoa reage de um jeito. Não há garantia de resultado."

"Nosso desafio é colocar todo o grupo no mesmo ritmo, com o mesmo sentimento e a mesma convicção. Se conseguirmos, o ganho será enorme para todos. Nossa missão é trazer confiança ao grupo para enfrentar esses três jogos finais. A ideia é tratá-los como verdadeiras decisões", complementou.

O vice também revelou que o departamento de futebol trabalha internamente em busca de soluções: "Não externamos tudo que acontece no departamento de futebol. Não estamos fazendo as mesmas coisas para ter o mesmo resultado. Ciência é aplicada diariamente para encontrar soluções, mas isso é privado. Todos estão imbuídos de sair dessa situação. Este grupo [de atletas] tem a exata noção da dificuldade e essencialmente a história do clube, e as dificuldades que poderão vir se nós sucumbirmos [com o rebaixamento]".

Por fim, Bisol demonstrou compreensão com a cobrança da torcida: "Minha família e amigos sofrem. Mas não há outra forma: se amamos esse clube, o momento é de estar junto. A instituição é centenária. Maior que nós todos. Já passamos por esses momentos. Torcedor tem todo direito de cobrar".

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