Texto por Colaborador: Redação 14/11/2025 - 02:00

A fiscalização e a aplicação das regras e punições do projeto de Fair Play Financeiro para o futebol nacional serão realizadas por um órgão com atuação independente, mas conectado à CBF. Na terça-feira, a confederação reuniu em sua sede, no Rio de Janeiro, clubes, federações, profissionais do setor financeiro e consultores para a última reunião sobre a implementação do sistema que visa levar sustentabilidade à economia dos clubes.

O órgão deve ser constituído até o início de 2026 com profissionais do mercado, especializados no tema. A estrutura será similar à CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas), responsável por mediar conflitos entre entes no futebol.

O Fair Play Financeiro será implementado de forma progressiva, permitindo que os clubes possam se adaptar. Caso as regras não sejam cumpridas, há previsão de sanções como multas, proibição de contratar jogadores, perda de pontos e até rebaixamento. As punições também ocorrerão de forma escalonada.

Há 10 anos, a CBF chegou a implementar um regulamento precursor do Fair Play Financeiro que previa tirar pontos de clubes que atrasassem pagamentos dos jogadores. Cabia ao STJD julgar e punir a partir de denúncia dos jogadores e representantes. As sanções foram raras, embora as irregularidades continuassem.

O novo Fair Play é mais abrangente, estende o olhar ao endividamento público, a impasse entre clubes, controle de gastos, entre outros aspectos. A expectativa da equipe que está à frente do projeto é que a aplicação das regras e punições tenham mais capacidade de execução, uma vez que farão parte de um "regulamento interno".

A formulação do Fair Play Financeiro está em fase final, e os clubes podem enviar sugestões até a próxima sexta-feira. O modelo definitivo será apresentado no evento Summit CBF Academy, em 26 de novembro.

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