Texto por Colaborador: Redação 23/09/2025 - 02:30

A Confederação Brasileira de Futebol está próxima de apresentar seu projeto de Fair Play Financeiro. A proposta, considerada prioridade da gestão atual, tem data marcada para ser exibida: 26 de novembro, durante o Summit CBF Academy, em São Paulo.

O desenvolvimento do modelo brasileiro já passou por três reuniões envolvendo membros da CBF, consultores independentes e dirigentes de clubes. Uma quarta reunião está agendada para outubro, quando serão definidos pontos finais da proposta.

A estrutura em desenvolvimento se inspira em projetos consolidados de ligas internacionais, mas com adaptações específicas para a realidade brasileira. Uma das principais características será a análise posterior aos fatos, diferentemente do modelo espanhol, que atua de forma preventiva através da avaliação prévia de orçamentos, receitas e despesas projetadas pelos clubes.

O encontro de outubro contará novamente com a participação dos clubes, que têm mostrado receptividade ao projeto. Algumas entidades fizeram solicitações relacionadas a aspectos tributários e trabalhistas, questões que dependem de mudanças na legislação e não serão contempladas nas regras do fair play nacional.

Após essa reunião, os clubes terão prazo adicional de 15 dias para enviar novas sugestões. A versão final do modelo será encaminhada à CBF no final de outubro ou início de novembro.

Quanto às penalidades, fontes ligadas à elaboração do projeto brasileiro indicam que elas seguirão padrões internacionais: proibição de registro de atletas, dedução de pontos e aplicação de multas, entre outras medidas.

A implementação está prevista para começar em janeiro, mas de maneira gradual durante um período de adaptação. A expectativa é que o sistema esteja completamente operacional em até cinco anos.

"Nós queremos criar um modelo de futebol autossustentável. Um futebol que você não tenha teto de receita, mas tenha teto de gastos. Você só vai gastar o que arrecada. Evitar um endividamento dos clubes, evitar que haja o 'doping financeiro' de alguns clubes", explicou o presidente da CBF, Samir Xaud, ao ge em agosto.

"É o que eu sempre falo: um clube que está devendo, mas contratando jogadores de milhões, acaba prejudicando um clube menor que paga suas contas em dia, tem seus salários em dia. O que a gente quer evitar é esse desequilíbrio", completou.

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