Texto por Colaborador: Redação 13/11/2025 - 11:30

De acordo com matéria do jornalistra Fabrício Falkowski do Correio do Povo, a gestão de Alessandro Barcellos à frente do Inter caminha para o final de seu quinto ano em meio ao cenário mais turbulento desde que assumiu o comando do clube. Eleito em 2020 e reeleito em 2023, o dirigente garantiu permanência até o fim de 2026 — tornando-se o presidente mais longevo da história colorada. No entanto, atravessa agora uma fase marcada por desgaste político, pressão da torcida e resultados decepcionantes em campo.

Durante sua gestão, o Inter acumulou frustrações esportivas, problemas financeiros e queda de desempenho nas categorias de base e no futebol feminino, que sequer chegou à final do Gauchão deste ano. Além disso, o clube é alvo de cobranças públicas por dívidas com outras equipes, ampliando a pressão sobre a administração.

Antes figura central nas comunicações do clube, Barcellos adotou um perfil mais reservado nos últimos meses. Sua última entrevista oficial foi concedida em 28 de outubro, e desde então o presidente mantém silêncio, estratégia que reflete o ambiente hostil dentro e fora do Beira-Rio. Em aparições recentes, tem sido recebido com vaias e protestos.

A insatisfação da torcida, que começou nas arquibancadas, se espalhou pelas ruas e redes sociais. Em jogos recentes, grupos de torcedores distribuíram panfletos cobrando mudanças e questionando diretamente a condução da gestão.

Internamente, Barcellos também enfrenta perda de apoio político. Aliados que o sustentaram nas duas eleições começam a se distanciar, e parte de sua base já discute lançar candidaturas próprias para a presidência em 2026. Um dos grupos da atual gestão, o Povo do Clube, liderado por Ivandro Morbach, também avalia disputar o próximo pleito.

Com o enfraquecimento de sua base, Barcellos pode ter dificuldades para emplacar um sucessor e garantir a continuidade de seu projeto. O cenário aponta para uma eleição marcada por disputas intensas e pela promessa de renovação.

Eleito com o discurso de modernização e retomada do protagonismo esportivo, o presidente agora enfrenta um momento crítico. Com o Inter ainda lutando contra o rebaixamento e em meio a um desequilíbrio financeiro crescente, Barcellos planeja promover ajustes a partir de janeiro, incluindo mudanças no departamento de futebol, para tentar encerrar seu mandato sem novos sobressaltos.

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