Texto por Colaborador: Redação 09/07/2025 - 03:00

O Flamengo vive um momento delicado às vésperas de receber o Internacional pela Libertadores. O diretor de futebol José Boto enfrenta desgaste com diversos jogadores e vive sua pior fase no clube, segundo apurou o portal.

O dirigente português é alvo de críticas dentro do clube por seus métodos, que estariam prejudicando o ambiente interno. A insatisfação é mútua, mas uma saída de Boto neste momento é pouco provável.

Entre os episódios que aumentaram a tensão está a forma como o clube conduziu a saída de Gerson. A nota oficial, que citava “pedido de demissão unilateral”, foi interpretada pelos jogadores como uma indireta ao camisa 8, gerando desconforto e debates no grupo do WhatsApp do elenco.

Arrascaeta, outro líder do time, também demonstra incômodo. O meia, que tem contrato até o fim de 2026, manifestou desejo de encerrar a carreira no Flamengo e chegou a negociar renovação no início do ano, mas as conversas foram congeladas em maio, o que desagradou o uruguaio e seu estafe. Em uma recente postagem, Arrascaeta se despediu publicamente de Gerson com elogios e ainda publicou uma frase que parece uma indireta a Boto: “O tempo põe cada um em seu lugar, cada rei em seu trono e cada palhaço em seu circo...”.

No Ninho do Urubu, é consenso que a relação entre Boto e o elenco, especialmente os líderes, está bastante distante. O dirigente tem pouca abertura e enfrenta resistência dos atletas.

Outros atos que causaram mal-estar incluem declarações de Boto, como quando afirmou ao GE que havia "falta de comprometimento" dos jogadores na sua chegada, e entrevistas durante o Mundial de Clubes nos EUA, que foram vistas como uma tentativa de autopromoção. Ainda geram questionamentos as contratações feitas sob seu comando, como Danilo, Jorginho — consideradas "previsíveis" — e Juninho, que ainda não se firmou.

Apesar dos problemas, Boto mantém o apoio do presidente Rodolfo Landim, mas não tem o mesmo prestígio do início do ano. O contrato do diretor com o Flamengo prevê multa de cerca de R$ 2 milhões em caso de rescisão unilateral, o que dificulta uma possível saída imediata.

Além disso, a remuneração do dirigente também é alvo de críticas internas. Boto recebe mensalmente cerca de R$ 240 mil a mais que o técnico Filipe Luís. O clube ainda arca com despesas como aluguel de imóvel na Barra da Tijuca, de aproximadamente R$ 50 mil mensais, além de carro blindado e quatro seguranças para o português.

A instabilidade na diretoria e o desgaste com o elenco reforçam o momento complicado do Flamengo antes de um confronto decisivo contra o Internacional na Libertadores.

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