Texto por Colaborador: Redação 04/12/2025 - 04:00

Com o Inter à beira do rebaixamento após a derrota por 3 a 0 para o São Paulo na Vila Belmiro, cronistas e jornalistas gaúchos manifestaram indignação com a situação do clube e cobraram responsabilização da direção. As críticas concentraram-se na falta de reação do elenco, na postura dos dirigentes e no esvaziamento da identidade colorada.

Fabiano Baldasso, em seu canal no YouTube, questionou a ausência de resposta emocional do grupo mesmo sob o comando de Abel Braga. "Um grupo sem capacidade de reação anímica, nem o Abel Braga conseguiu recuperar animicamente. Como tu vai explicar que os jogadores, de novo, iriam entrar em campo derrotados. O que precisa fazer com esses jogadores do Internacional para apresentarem alguma reação?", indagou o jornalista. “Ninguém reage porque este grupo é vagabundo. Esses animais que vestem a camisa do Internacional, e me desculpem os animais pela comparação. Cambada que comanda o Inter, a direção, a cambada que está em campo. Não é só a incompetência. Esses vagabundos desses jogadores do Inter, comandados pelo 'água de salsicha’ que é o Alan Patrick, desrespeitaram a camiseta”.

Wagner Jung, da Rádio Inferno, foi contundente ao cobrar a renúncia da direção em caso de confirmação do rebaixamento. "A rodada toda ajudando o Inter e o Inter não se ajuda. Infelizmente nós caímos. Direção tem que renunciar assim que se confirmar o rebaixamento. É o momento de deixar seu ego de lado e ser colorado uma vez nessa merda", escreveu em seu perfil no X.

Jung também criticou a postura de Bisol após a partida. "Hoje o Barcellos se escondeu da imprensa assim como o Bisol, que não deu coletiva, só se pronunciou. Ridículos incompetentes! O Bisol falou que não se esconde e não deu coletiva, só deu pronunciamento. Mas que grande cara de pau", desabafou, antes de finalizar: "Estou ouvindo bastidores da imprensa sobre a postura do Inter de colocar o Abel Braga para falar hoje na coletiva. Que situação absurda! O presidente com medo de falar, se acovardou no pior momento da história do clube".

Alexandre Ernst, do Vozes do Gigante, cobrou a saída do trio formado por Barcellos, Bisol e D'Alessandro independentemente do resultado final. "Há de se ter hombridade... Barcellos, Bisol, D'Alessandro... temos outros. Mas esse trio de deixar o Beira-Rio no dia 7 de dezembro. Não importa o que aconteça. Mesmo que o milagre ocorra e faça com que a história do Inter não seja ainda mais corroída", escreveu.

Ernst classificou o trio como "arrogante" e "metido a autossuficiente", criticando a necessidade de se apoiar em um ídolo para ter credibilidade. "Dirigentes caloteiros. Que diminuíram o Inter no mercado. Que comem na mão de empresários de futebol por não ter o mínimo conhecimento do que significa gerir um clube gigante como o Colorado. Cartolas sem palavra. Encantadores de serpente que prometem e não cumprem. Mentirosos. Prepotentes. Inaptos", completou, visivelmente emocionado.

Lucas Dias, do Canal do Baldasso, criticou a forma como a direção deixou Abel Braga sozinho para responder à imprensa. "O que fizeram com Abel Braga aqui na Vila Belmiro hoje é uma das maiores... (aquilo que tu pensou) que já vi. Deixaram o maior técnico da história do clube, que chegou tem 4 dias, respondendo todas as perguntas possíveis", protestou.

"O vice de futebol, presente desde o ano passado, fez um pronunciamento, não respondeu perguntas e ainda disse que 'não vão se esconder'", acrescentou Dias.

No GE, Maurício Saraiva destacou em sua coluna que o Inter inflige à torcida "uma sangria sem fim" e previu dificuldades para a última rodada. "O São Paulo estava ferido e mostrou em campo o quanto jogaria pela própria vergonha na cara. Chegou a 3 a 0 com extrema naturalidade e aí, sim, passou a jogar só para proteger a vantagem", analisou.

Saraiva alertou para o risco de o Inter não depender das próprias forças. "Abel Braga chegou para ser Messias, mas não conseguiu na primeira amostragem. O grande terror colorado para domingo, em casa, contra o Bragantino — ainda lutando pelo oitavo lugar — é não depender das próprias forças. Só o pensamento mágico levará quem for ao Beira-Rio. O risco nunca foi tão grande, em 2025, de o Inter ser rebaixado diante da própria torcida", concluiu.

Vaguinha, em sua coluna no GZH, foi além dos números e refletiu sobre a perda de identidade do clube. "O Time Colorado sofreu oito gols nos últimos dois jogos. O que é a dor do rebaixamento? Será que a dor de uma queda é maior do que isso? Será que a ida para a segunda divisão dói mais do que olhar para o campo e não considerar o próprio clube?", questionou.

"Porque o rebaixamento, por mais traumático que seja, ainda é um número. É prejuízo, é gozação do rival, é manchete, mas o que vimos hoje é pior e muito pior. É olhar para onze camisas vermelhas e perceber que ali não existe Inter, não existe história, não existe identidade e não existe nada do que fez cada torcedor se apaixonar por esse clube", lamentou.

Vaguinha foi categórico ao afirmar que os dirigentes "já foram rebaixados" e perderam a legitimidade para comandar o clube. "Transformaram o Internacional em outra coisa. Algo vazio, sem alma, sem coragem e sem respeito. O torcedor sente isso como uma fachada e sente porque sabe que o clube está sendo abandonado dentro de campo e traído fora dele", desabafou.

"Esses dirigentes já foram rebaixados. O torcedor está sangrando, o clube está à deriva e o mínimo seria que essas pessoas não pisassem mais no Beira-Rio", concluiu o colunista, reforçando que não joga a toalha "por absoluto amor ao clube, ao escudo".

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