O Inter viu seus custos com o departamento de futebol saltarem de R$ 287,5 milhões em 2023 para R$ 404,4 milhões em 2024 — um aumento de 39% em apenas um ano, revelou o Correio do Povo. O dado consta em relatório financeiro enviado aos conselheiros do clube nesta terça-feira e será analisado em reunião marcada para o próximo dia 28.
Embora as enchentes tenham agravado o cenário financeiro, a principal razão apontada para o desequilíbrio nas contas é o aumento das despesas com a atividade-fim. A folha salarial cresceu de R$ 162,3 milhões para R$ 191,5 milhões, e os valores pagos em direitos de imagem dobraram, indo de R$ 32,1 milhões para R$ 64,2 milhões.
O crescimento dos gastos reflete a montagem de um time mais competitivo, que já conquistou o Campeonato Gaúcho e tem mostrado bom desempenho no Campeonato Brasileiro e na Copa Libertadores.
A direção do Inter projeta uma redução gradual da folha ao longo da temporada, com a saída de alguns atletas prevista ainda para este ano. Em 2023, o clube encerrou o exercício com um déficit de R$ 34,4 milhões, e o nível de endividamento atingiu um novo recorde.