Texto por Colaborador: Redação 09/09/2021 - 23:55

A autorização para o Flamengo ter público em seus jogos da Copa do Brasil e do Brasileirão segue revoltando desde torcedores, imprensa, mas, sobretudo, os cartolas brasileiros. Nesta quarta-feira, em entrevista à diversas mídias, inúmeros dirigentes atacaram a postura do clube carioca, que mais uma vez age levando em consideração somente o seu próprio umbigo. Com ironias e muitas críticas, o ocorrido até foi considerado positivo por alguns, pois uniu os outros 19 clubes da Série A frente o "Urubu". Confira as principais declarações:

Andrés Rueda (presidente do Santos): "Essa situação é mais ou menos um espelho da sociedade. Todo mundo é democrático, desde que a ideia dele seja vencedora. Entre os clubes se fala muito em união, mas na primeira oportunidade um time começa a atuar dentro do interesse próprio. Isso dificulta muito uma união. Quando você quer juntar entidades, passa, sim, pelo momento de ceder".

"Foi boa essa atitude do Flamengo, isso gerou uma união dos 19 clubes da Série A. Se uniram e se posicionaram muito bem. Só vai ter público quando 100% dos clubes puderem ter condições de jogar com torcida na sua cidade, se não existe desequilíbrio. Vamos tentar até o final de setembro, começo de outubro, sensibilizar as prefeituras para que liberem. Se isso não acontecer 100%, os jogos serão sem torcida".

Marcelo Paz (presidente do Fortaleza): “Nós entendemos que a liminar que o Flamengo tem é ruim para o Campeonato, que ela pode causar desconfortos desnecessários. Acho que a gente tem que trabalhar pela pacificação, pela união dos clubes. Os clubes querem voltar com o público, acho que é importante deixar isso muito claro, mas em conjunto, com isonomia. É uma disputa esportiva e está mais do que provado que o estado anímico dos jogadores muda quando tem torcida. Então, vai causar desequilíbrio e um ou dois times tiverem torcida e os demais não. Nós entendemos que a liminar do Flamengo não é boa para o futebol brasileiro, e os 19 clubes vão tentar derrubar essa liminar”.

“Acho que a gente tem dificuldades em função dessa isonomia, porque passa para ser uma decisão política, e muitas vezes não de forma técnica, então vai ter estado que vai querer liberar antes ou depois, mas a gente não pode jamais causar um desequilíbrio técnico no campeonato (...) Os clubes combinaram sim que só voltariam com todos podendo participar, com todas as torcidas, todas as cidades-sedes dos clubes da Série A podendo ter público nos seus estádios”

“Eu lamento essa decisão única do Flamengo. Respeito, mas lamento. Por outro lado, você tem os outros 19 clubes pensando igual. Acho que é uma questão de diálogo, de compreensão, de pensar no todo, no produto. Acho que esse é o ponto: pensar coletivamente, no que é bom para o Campeonato, para as instituições, para o produto futebol brasileiro”.

Nestor Hein (diretor jurídico do Grêmio): “O Flamengo é um ente abstrato, paira sobre todos. Ele faz o que quer. O Flamengo frequenta outra galáxia. Quando eles vêm aqui, eu nem olho para eles, nem cumprimento”.

Sobre a união dita por Rueda, os 19 clubes da Série A e a CBF, entraram com uma ação conjunta no STJD - Superior Tribunal de Justiça Desportiva - para tentar derrubar a liminar obtida pelo Flamengo. O grupo também decidiu pela permanência de portões fechados neste período.

O Atlético-MG conta com uma mesma liminar, mas optou por não utilizar, uma vez que prioriza um entendimento nacional a respeito do retorno da torcida aos estádios.

Foi decidido ainda que, se algum clube usar liminar para ter torcedores na arquibancada, a rodada do Campeonato Brasileiro será suspensa por inteiro.

 

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