Texto por Colaborador: Redação 07/05/2025 - 18:22

Apesar das promessas de redução, a dívida do Internacional segue em alta. No último ano, o passivo do clube disparou em cerca de R$ 160 milhões, atingindo um recorde de R$ 860 milhões — valor que, no cenário atual, já é tratado como impagável. A situação é considerada crítica e urgente, drenando recursos que poderiam ser destinados ao futebol e comprometendo os investimentos em outras áreas. O peso dos juros, somado ao crescimento da dívida, vem estrangulando as finanças coloradas e reacendendo o debate sobre a possível transformação do clube em SAF, revela o jornalista Fabrício Falkowski, em matéria no Correio do Povo desta quarta (7).

Em 2024, o Inter apresentou um déficit de R$ 34,4 milhões. As despesas com o futebol também cresceram significativamente: saltaram de R$ 287,5 milhões em 2023 para R$ 404,4 milhões neste ano, aumento de 39%. Esse avanço é reflexo de contratações mais caras, com salários elevados, feitas na temporada passada.

Segundo a diretoria, no entanto, o prejuízo de 2024 está diretamente ligado às enchentes de maio, que geraram perdas estimadas em R$ 90 milhões. O que evitou um rombo ainda maior foi a venda de jogadores, que rendeu R$ 258,3 milhões aos cofres do clube — maior valor já registrado pelo Inter nesse tipo de operação. Apesar do cenário delicado, as contas de 2024 foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo, em reunião realizada no fim de abril.

O diretor executivo de finanças, Aldoir Pinzkoski Filho, reconhece o impacto das enchentes, dos investimentos e da alta da taxa Selic no aumento da dívida. Por outro lado, ele destaca a valorização do elenco como um ponto positivo. “Houve um crescimento dos nossos ativos em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados públicos do Transfermarkt, o valor do grupo de jogadores passou de R$ 425 milhões para R$ 595 milhões em um ano, um acréscimo de R$ 170 milhões, que serve como contrapartida a parte do nosso endividamento”, explicou.

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