Reprodução / BAND RSNa véspera da partida mais importante da temporada, Andrés D'Alessandro assumiu a linha de frente. O diretor esportivo do Internacional passou sexta-feira (5) em uma verdadeira maratona pelos principais programas esportivos de Porto Alegre, levando uma mensagem única: o Inter não se entregará.
O domingo (7) reserva ao Colorado uma missão das mais complicadas. Vencer o Bragantino no Beira-Rio, às 16h, é apenas o primeiro passo. Depois disso, será preciso torcer por ao menos dois tropeços de rivais diretos na briga contra o rebaixamento. Mas para o ídolo argentino, desistir jamais foi uma opção.
"Nós temos uma bala. Vamos atirar, nós temos que atirar", foi a metáfora utilizada por D'Alessandro durante participação no Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, para ilustrar o momento do clube. "É um campeonato de um jogo. Claro que não depende só de nós. A gente gostaria de depender só de nós. No pior cenário, preferimos depender apenas do Inter. Mas não é o que aconteceu. Chegamos na última rodada, dependendo dos resultados paralelos. Mas o torcedor tem que acreditar pela história do clube. Tem que acreditar. Tem que ter esperança."
O apelo emocional marcou toda a passagem do dirigente pelas emissoras. D'Alessandro não fugiu da responsabilidade pelos erros cometidos ao longo da temporada, mas fez questão de ressaltar que o momento exige união total entre clube e torcida.
"Esperança, nós temos muita. E nós queremos passar isso para o torcedor. Esperança, nós temos força, nós somos firmes, porque o clube merece isso. A gente não pode mostrar fraquezas em nenhum momento", afirmou. "O clube é muito grande para a gente se entregar antes. E a gente não vai se entregar."
O chamamento à torcida foi direto: comparecer ao Beira-Rio e acreditar no improvável. "Nós temos que fazer a nossa parte. Resultado paralelo no futebol pode acontecer, por isso futebol é bom. Já aconteceram diversas vezes, por que não pode acontecer agora? (...) Precisamos do torcedor colorado, precisamos que acreditem. Como sempre foi, nos melhores e nos piores momentos."
Abel Braga blindado de críticas
Um dos pontos centrais do discurso de D'Alessandro foi blindar Abel Braga de qualquer responsabilidade pelo momento crítico. Em todas as entrevistas, o diretor fez questão de isentar o comandante, assumindo publicamente que foi dele a iniciativa do retorno do treinador, embora a decisão tenha sido tomada em conjunto pelo departamento de futebol.
Na TV Bandeirantes, D'Alessandro foi categórico: "O que eu acredito? E vou aproveitar para tirar toda a responsabilidade do Abel Braga. Estou aqui para falar que ele não tem nenhuma responsabilidade do que aconteceu contra o São Paulo e do que poderá acontecer domingo. Ele veio para ajudar. A mobilização, a energia, a aura dele no vestiário… tudo isso me arrepia."
O discurso seguiu a mesma linha ao cobrar postura dos atletas. "Temos que tentar fazer de tudo. Na base da conversa, na base da realidade, no momento que chegamos. Não podemos brincar com a história do Inter. Uma história tão grande. Temos que ir até o último minuto. Se não tiramos até agora, temos que tirar. Temos que fazer a nossa parte. Não estou botando a culpa só nos jogadores, mas quem joga são eles. Quando eu jogava, eu dizia que a maior parcela era nossa."
Admissão de erros e realidade dura
Durante participação na Rádio GreNal, D'Alessandro fez uma admissão que poucos dirigentes teriam coragem de fazer publicamente neste momento: "Internamente nós sabíamos" sobre ser candidato ao rebaixamento. Sobre os motivos da luta: "Não é só dentro do campo, fora também. Temos que tirar de onde não tem."
A pressão, segundo o argentino, é inevitável e faz parte da profissão. "Quem não sente pressão nesse momento errou de profissão. Quando não tem pressão no futebol? Para ganhar também. Temos um psicólogo esportivo que contratamos esse ano. Nem todos os clubes fazem isso. O Inter teve o ano todo. Fizemos de tudo. Mas quem joga futebol precisa saber lidar com a crítica e com a pressão. E domingo vai existir, pois chegamos no limite."
Ao encerrar a maratona de entrevistas, D'Alessandro deixou clara sua posição: a esperança permanece viva, o clube fará sua parte e o resto está nas mãos do destino. E talvez, apenas talvez, os resultados paralelos que o futebol brasileiro tanto proporciona venham a favor do Colorado quando mais se precisa deles.
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