Texto por Colaborador: Redação 12/05/2020 - 02:11

Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) dá conta de que a pandemia de Covid-19 irá afastar o torcedor dos estádios por um bom tempo, com quatro possibilidades de retorno aos gramados. Conforme matéria divulgada pelo Estadão nesta segunda-feira (11), os portões só poderão ser reabertos depois que for descoberta uma vacina ou remédio retroviral para combater o coronavírus.

Na pesquisa, eles desenharam quatro possíveis cenários para a retomada do esporte nacional, sendo o primeiro o mais restritivo de todos e o quarto, o de abertura total à prática esportiva e disputa das competições oficiais. De acordo com os autores da pesquisa, “a retomada total das atividades esportivas e competições só será possível com a existência de medicamento retroviral eficaz ou vacina que previna e proteja tanto os praticantes/atletas quanto os espectadores”. 

Além de destacarem a importância das formas de precaução ao contágio, os pesquisadores comentaram sobre a possibilidade de um retorno das atividades: "Tanto os atletas quanto as pessoas (torcedores) devem fazer os testes como uma forma de controle e precaução, mas a volta aos treinamentos normais e as competições ainda não devem ocorrer agora, consideramos muito precipitado o retorno as competições pelo atual estágio da pandemia no Brasil”, esclareceu o professor Fernando Mezzadri, em entrevista ao site da UFPR.

Os autores do estudo são o professor Fernando Mezzadri e o advogado Paulo Schimitt, coordenador da comissão de integridade da Federação Paulista de Futebol. Mezzadri é doutor em educação física e lidera o projeto de pesquisa "Inteligência Esportiva", uma parceria do Centro de Pesquisa em Esporte, Lazer e Sociedade (CEPELS), da UFPR, e a Secretaria Especial do Esporte, do Ministério da Cidadania.

VACINA PARA QUANDO?

Atualmente, não existem tratamentos ou vacinas aprovados para o novo coronavírus, embora alguns medicamentos estejam sendo usados em pacientes sob uma autorização de uso emergencial. Com a previsão de que o pico da pandemia está mais próximo de atingir o Brasil entre Maio/Junho, ainda não é hora de aliviar o isolamento social da população. Qualquer medida nesse sentido pode pressionar ainda mais o sistema de saúde - que já opera perto do limite em diversas regiões do Brasil. A cautela também é necessária visto que uma vacina só deve estar disponível em larga escala no fim do ano, segundo os especialistas mais otimistas.

Já de acordo com o presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Imunologia), Ricardo Gazzinelli, em uma projeção "otimista" levaríamos ao menos dois anos até termos disponível uma vacina eficaz, em declarações ao UOL.

"Os imunologistas do mundo inteiro procuram como induzir um anticorpo contra essa proteína do vírus que se chama spike. É o anticorpo que reconhece essa proteína que neutraliza o vírus", explica o imunologista, para prosseguir. "Num horizonte otimista, esse prazo pode encurtar e chegar a dois anos. Antes disso é difícil. Vamos supor, se a vacina for feita nos Estados Unidos, vai atender primeiro a população deles. E depois? A qual país ele vai vender a vacina primeiro?. Mesmo que seja desenvolvida em um ano e meio, como se chega à produção em grande quantidade? A estimativa de dois anos é otimista, mas, quem sabe, possível", afirma Gazzinelli.

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