A rádio Gre-Nal conversou nesta quinta-feira com Nestor Hein, diretor jurídico do Grêmio. O dirigente rival falou um pouco sobre as dificuldades financeiras devido a pandemia do Coronavírus e criticou o Flamengo assim como o governo pela MP que mudou as regras da venda dos direitos de TV. Confira os principais trechos.
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Sobre as dificuldades em relação aos salários: "As reduções salariais só são possíveis por acordo coletivo. Se o jogador não aceitar, o clube não pode aplicar."
Projeção financeira: "Será um futuro bastante duro para os clubes, e ano que vem também. A não ser para os que ignoram e tocam ficha. Mas não é o nosso caso, de ninguém no Rio Grande do Sul. Aqui temos seriedade."
Sobre a MP dos direitos de transmissão: "A Medida Provisória se dá em momentos de urgência. Qual a urgência de ela ser aplicada quando o futebol está parado? Ela nasce em um conchavo do Flamengo com o governo, segundo alguns para atacar a Rede Globo, e acho muito ruim para os clubes. Desune os clubes. É típico da diretoria do Flamengo, que só pensa no seu umbigo. Exemplo disso é como tem agido em relação à pandemia."
Problemas financeiros: "Muitos clubes, especialmente do Rio de Janeiro, como Botafogo e Fluminense, já chegaram na pandemia com uma situação financeira muito complicada. A maneira de se gerir futebol tem que ser repensada."
"Tem que acabar esta história de que clube não quebra, que pode se contratar quem quiser. A pandemia vai servir como um ponto de inflexão para as questões do futebol."