Nesta quinta-feira o Internacional recebe o Atlético Nacional, da Colômbia, pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores. O confronto, além de reunir dois gigantes do continente, evidencia o contraste entre dois mundos financeiros bem diferentes — embora no campo o equilíbrio seja decidido por 11 contra 11.
O Colorado chega como um dos elencos mais valorizados da competição, avaliado em impressionantes 106 milhões de euros, atrás apenas de Palmeiras, Flamengo e Botafogo. Do outro lado, os colombianos têm um plantel que custa cerca de 25,6 milhões de euros. A disparidade é tanta que, em termos de mercado, daria para montar quatro equipes como a atual do Atlético Nacional com o valor do elenco alvirrubro.
Apesar disso, o futebol já mostrou que dinheiro não entra em campo. Ainda assim, os investimentos brasileiros têm feito diferença: desde 2019, os campeões da Libertadores foram todos do Brasil — Flamengo (2019 e 2022), Palmeiras (2020 e 2021), Fluminense (2023) e Botafogo (2024). São seis títulos seguidos que confirmam a hegemonia verde-amarela no torneio.
Para o Atlético Nacional, o jogo em Porto Alegre será um verdadeiro teste de personalidade. Os colombianos vêm empolgados após a vitória por 3 a 0 sobre o Nacional-URU na estreia, resultado que os deixou na liderança do grupo. Já o Inter empatou fora de casa com o Bahia (1 a 1), o que aumenta a pressão por um resultado positivo diante da torcida no Beira-Rio.
O Inter, no entanto, não vive só de história ou cifras. O elenco recheado de nomes de peso reforça a ambição colorada. Rafael Borré, campeão da Libertadores com o River, é um dos destaques, ao lado de Johan Carbonero, do uruguaio Agustín Rogel, do paraguaio Óscar Romero, e de Gabriel Mercado — também campeão com o River, mas fora por lesão. O goleiro Sergio Rochet e o zagueiro também desfalcam, mas o time ainda conta com peças experientes como Alan Patrick, Bruno Henrique e Enner Valencia.
Do outro lado, o técnico Javier Gandolfi mantém os pés no chão. Após a goleada na estreia, celebrou, mas fez questão de lembrar que a caminhada é longa. “Demos um grande passo, mas é preciso tranquilidade. A competição é longa”, afirmou. Uma fala que reforça o espírito combativo do Nacional, mas que também serve de alerta: o Beira-Rio promete ser palco de mais uma grande noite de Libertadores.