A rádio Bandeirantes conversou na manhã deste domingo com Alessandro Barcellos, vice de futebol do Inter. O dirigente falou sobre a questão da mudança das restrições em Porto Alegre, em decorrência do aumento da ocupação de leitos em UTI pelo Covid-19, além do crescimento de 92% de óbitos em Porto Alegre desde a última semana, a região da capital do Rio Grande do Sul ganhou bandeira vermelha na nova atualização realizada neste sábado (20) pelo Governo do Estado. Confira os principais trechos.
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A mudança do governo com o aumento das restrições: "Neste momento, há maiores restrições aqui e isso nos parece uma decisão técnica, e cabe aos clubes buscar alternativas para oferecer condições de segurança, não só aos atletas, mas também à sociedade".
Soluções: "Esperamos chegar a um entendimento das normas, como os restaurantes, que têm funcionamento até determinada hora. Esperamos que o futebol tenha um regramento específico e se adeque a essas regras".
Futuro do Gauchão: "A cada semana que passa, ficamos mais preocupados em relação aos planos estabelecidos. Até em relação às demais equipes, que têm de ter uma preparação adequada. Mas é cedo para dizer se o Gauchão está comprometido".
O Futebol: "Sobre o futebol, a gente tá vivendo um momento muito difícil sobre o que é a vida de um clube. Estamos sentindo muito. É uma preocupação muito grande".
Parte financeira: "Tivemos um aumento na inadimplência, atuamos e nosso torcedor respondeu muito bem. Tivemos antecipações de mensalidades, uma nova modalidade do sócio da carteira vermelha, com acesso direto ao estádio".
Retomada dos treinos: "Acreditamos ser possível, dentro dos protocolos de segurança, mantermos os treinamentos. Vamos aguardar a posição do prefeito e a partir de amanhã avaliar as possibilidades de manter os treinos".
Contratações: "Temos trabalhado no limite. Quando alguns falam em contratações, chega a soar ruim que se levante isso. Pretendemos manter nossas obrigações em dia. À medida que a parada aumenta sem futebol, a situação vai ficando mais difícil".
"Temos trabalhado nossas receitas para cumprir nossas obrigações de salários. É uma prioridade: manter nossas obrigações legais em dia. Está sendo muito difícil fazer futebol neste momento".
Sobe a MP do governo: "Estamos estudando a medida (das transmissões). Ainda não há uma posição do clube. Acho, particularmente, ruim uma medida que transforma todos os clubes ser tratada sem um debate amplo".