Texto por Colaborador: Redação 16/10/2024 - 00:10

O tema do Fair Play Financeiro tem ganhado destaque nos debates sobre o futebol brasileiro nos últimos meses. A discussão gira em torno do controle dos gastos excessivos dos clubes, com opiniões divergentes sobre a necessidade de impor limites ou manter o modelo atual de negócios. Diante desse cenário, um estudo da Sports Value analisou o percentual de gastos com futebol em relação às receitas totais dos principais clubes brasileiros. O estudo apontou que um índice de 73% seria considerado seguro para a saúde financeira das equipes.

Nos últimos dois anos, apenas seis dos 20 clubes de maior expressão no Brasil conseguiram manter esse índice abaixo do limite de 73%: Corinthians, Athletico-PR, Cuiabá, Flamengo, Internacional e Santos. Por outro lado, clubes como São Paulo, Palmeiras, Grêmio, Cruzeiro, Fluminense, Vasco e Botafogo superaram esse patamar, com destaque para o Botafogo, que apresentou um índice alarmante de 169% em 2022 e 106% em 2023, liderando o ranking de desequilíbrio financeiro.

Além disso, o levantamento mencionado que, somente em 2024, os clubes da Série A do Brasileirão gastaram mais de R$ 2 bilhões em contratações, um recorde histórico no futebol brasileiro. Desse total, R$ 1,3 bilhão foram desembolsados na janela do início do ano, e mais R$ 1,1 bilhão na janela do meio de ano, que se encerrou em setembro. Esse último período de transferências, por si só, superou em mais que o dobro do recorde anterior, registrado em 2022, quando foram gastos R$ 494 milhões.

Confira abaixo o índice de custos com futebol sobre receita em porcentagem:

Botafogo: 106% em 2023 e 169% em 2022
Bahia: 103% em 2023 e 100% em 2022
América-MG: 95% em 2023 e 94% em 2022
Vasco da Gama: 94% em 2023 e 67% em 2022
Atlético-MG: 89% em 2023 e 109% em 2022
Fluminense: 88% em 2023 e 79% em 2022
Fortaleza: 85% em 2023 e 63% em 2022
Red Bull Bragantino: 83% em 2023 e 87% em 2022
Goiás: 80% em 2023 e 54% em 2022
Ceará: 79% em 2023 e 85% em 2022
Cruzeiro: 78% em 2023 e 72% em 2022
Grêmio: 78% em 2023 e 100% em 2022
Coritiba: 77% em 2023 e 58% em 2022
Palmeiras: 77% em 2023 e 77% em 2022
São Paulo: 76% em 2023 e 69% em 2022
Internacional: 72% em 2023 e 83% em 2022
Corinthians: 72% em 2023 e 73% em 2022
Cuiabá: 71% em 2023 e 64% em 2022
Santos: 64% em 2023 e 59% em 2022
Athletico-PR: 64% em 2023 e 62% em 2022
Flamengo: 62% em 2023 e 64% em 2022

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