A vitória do Internacional no primeiro Gre-Nal da final do Campeonato Gaúcho, no último sábado, não encerrou as disputas entre os rivais. Fora das quatro linhas, a diretoria colorada segue agindo para defender o que considera ser os interesses do clube. Nesta terça-feira, dirigentes do Inter tomaram medidas tanto na Federação Gaúcha de Futebol quanto no âmbito jurídico para questionar decisões que consideram prejudiciais.
Um dos principais pontos levantados pelo clube é a atuação do VAR no clássico. O Inter solicitou à federação as imagens do árbitro de vídeo, especialmente do lance entre o goleiro Volpi e o atacante Vitinho, ocorrido ainda no primeiro tempo. Na visão dos colorados, houve pênalti sobre o jogador, mas o lance sequer foi revisado pelo árbitro Ramon Abatti Abel.
Além disso, a diretoria do Inter se manifestou contra o adiamento do julgamento do técnico Gustavo Quinteros pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS). A sessão, que deveria ocorrer na tarde desta terça-feira, foi postergada após um pedido do Grêmio, o que gerou revolta nos bastidores colorados. Um dirigente classificou a decisão como "vergonhosa".
Quinteros responde por agressão a um jogador do Juventude na semifinal e poderá ser suspenso. O julgamento também incluiria o zagueiro Jemerson, além de dirigentes de ambos os clubes. Com o adiamento, a sessão dificilmente ocorrerá antes do segundo e decisivo Gre-Nal, marcado para domingo, no Beira-Rio.
Os advogados do Inter estudam recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para anular a decisão e garantir que o julgamento aconteça antes da final. O clube também questiona a isenção de Marcelo Azambuja, presidente da Comissão do TJD-RS, que optou pelo adiamento e, ao mesmo tempo, é conselheiro do Grêmio no período de 2022 a 2028. O caso será julgado apenas após o confronto final no Beira-Rio.