Texto por Colaborador: Redação 24/10/2023 - 04:40

A XP Investimentos informou o encerramento da captação de recursos para o fundo de investimentos Sports Media Futebol Brasileiro no mercado financeiro. O montante obtido atingiu R$ 405 milhões, a metade do valor inicialmente previsto.

Essa verba faz parte do esquema financeiro dos investidores do grupo Forte Futebol, um conjunto de clubes envolvidos na criação de uma liga para o Campeonato Brasileiro, dentre eles o Inter. Eles prometeram um total de R$ 2,6 bilhões e, após a captação de R$ 405 milhões, ainda precisam arrecadar mais R$ 2,2 bilhões.

No total, 7.276 pessoas ou empresas se comprometeram a participar desse fundo com investimentos mínimos de R$ 10 mil. A identidade dos investidores não foi divulgada, mas 344 deles têm alguma relação formal com o fundo, seja como sócios, administradores, ou prepostos, por exemplo.

O acordo original entre o Forte Futebol, Serengeti e Life Capital Partners (LCP) envolve o pagamento de R$ 2,6 bilhões aos clubes afiliados. Em troca, esses investidores receberão 20% dos direitos comerciais do Campeonato Brasileiro por 50 anos, a partir de 2025.

A XP está atuando como intermediária e auxiliando o Forte Futebol na criação da liga. Para isso, criaram o fundo Sports Media Futebol Brasileiro com o objetivo de captar R$ 800 milhões. A captação teve início em 31 de agosto e foi encerrada recentemente, com a metade da meta atingida.

A etapa subsequente implica que os intermediários do Forte Futebol precisam encontrar o restante do dinheiro com outros investidores. Eles estabeleceram um prazo até 31 de outubro para obter todos os recursos, finalizar contratos com os clubes e iniciar os pagamentos.

Houve controvérsias em relação ao fundo criado pela XP em nome do Forte Futebol, pois clubes associados à Libra se queixaram do uso de suas marcas em materiais de divulgação, alegando que a Libra não tem relação com essa iniciativa. Isso levou a uma ação judicial, com a Comissão de Direitos dos Consumidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) alegando potencial "dano ao consumidor" na promoção do fundo de investimentos. Em 4 de outubro, a Justiça suspendeu a captação, mas dois dias depois, em 6 de outubro, autorizou sua retomada após esclarecimentos. (via GE / @rodrigocapelo)

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