Texto por Colaborador: Redação 13/12/2025 - 06:13

O movimento pela destituição do Conselho de Gestão do Inter ganhou força nesta sexta-feira. O conselheiro Igor Peres Dummer, atualmente afastado do grupo político Povo do Clube, iniciou pela manhã uma coleta de assinaturas na internet para protocolar um pedido formal de afastamento dos dirigentes eleitos.

Baseado em dispositivo do estatuto colorado que permite a apresentação de petição subscrita por associados, Dummer superou rapidamente o número mínimo exigido, que é de pouco mais de 1 mil (1/25 do número total de votantes na última eleição). Até o meio da tarde, mais de 3 mil assinaturas já haviam sido registradas. Elas ainda precisam ser validadas, para confirmar se de fato são de associados em dia com o pagamento de suas mensalidades.

De acordo com Igor, o plano é entregar o documento na segunda-feira ao presidente do Conselho Deliberativo, Gustavo Juchem, justamente no dia em que o órgão se reúne para discutir o orçamento de 2026. "Sou um conselheiro eleito pelos associados. E eu acreditei nas promessas da atual gestão, assim como muitos colorados. Mas o clube enfrenta uma crise geral que atinge todos os setores, impondo a saída do Conselho de Gestão", afirmou Igor ao justificar a iniciativa.

Juchem, por sua vez, evita comentar o cenário, embora reconheça que o estatuto prevê a possibilidade de afastamento. O texto, contudo, é considerado vago: não define o rito da destituição, apenas determina que uma assembleia geral dos associados deve ser convocada para deliberar sobre a continuidade ou não de Alessandro Barcellos e dos demais dirigentes.

A abertura do processo iniciado por Igor, porém, é juridicamente possível e politicamente viável. Qualquer associado pode solicitar a destituição desde que apresente assinaturas suficientes (1/25 dos votantes da última eleição presidencial). Atingido esse patamar, cabe ao Conselho Deliberativo analisar o pedido e, caso julgue procedente, convocar uma assembleia para que os sócios decidam em votação direta se mantêm ou afastam o Conselho de Gestão.

Se a saída for aprovada, o próprio Conselho Deliberativo escolhe, entre seus membros, um presidente para cumprir um mandato-tampão até o fim do período atual. A eleição regular, prevista para o final de 2026, permanece inalterada — e Barcellos, por estar em segundo mandato, já não poderia concorrer.

Categorias

Ver todas categorias

Carbonero vale o investimento de R$22 milhões?

Sim

Votar

Não

Votar

96 pessoas já votaram