Texto por Colaborador: Redação 31/08/2020 - 17:53

A CBF avalia que os árbitros e auxiliares acertaram em todos os lances que tiveram intervenção do VAR na rodada do fim de semana. O blog do jornalista Mauro Cezar da ESPN, no UOL,  apurou que, no entendimento da comissão de arbitragem, a demora nas decisões foi o problema, especialmente em Santos 0 x 1 Flamengo. No entanto, destaca que em média as ações têm sido mais rápidas do que em 2019. O acerto “em todas as jogadas” é internamente valorizado como o que de mais importante aconteceu, mas admite-se que o tempo gasto nas decisões precisa melhorar.

O posicionamento das linhas azul e vermelha no software utilizado tem sido a maior dificuldade dos árbitros de vídeo, o que gerou a demora nas revisões durante o jogo da Vila Belmiro. Mas por que isso? A partir da percepção visual de que há impedimento, a equipe precisa selecionar a câmera correta e definir o frame (como são chamadas as imagens fixas de um vídeo, como uma foto) que registra o momento exato do passe. Esse processo é feito com o árbitro de vídeo, que não manuseia o equipamento, e um operador que recebe as instruções: “Mais à direita”. “Mais à esquerda”, por exemplo

Quando não se escolha da câmera certa, a demora é maior, pois perde-se tempo até perceberem que é preciso analisar por outro ângulo. Há casos em que se desperdiça preciosos segundos por má comunicação, quando o árbitro de vídeo não fala para o operador “mais à direita” ou “um pouquinho pra esquerda”, recorrendo a frases como “mais pra lá” ou “um pouco pra la”, o que evidentemente inviabiliza a correta compreensão. A diminuição do tempo gasto nesse processo só virá, crê a comissão de arbitragem, com treino.

Para efeito de comparação, o “tira-teima”, que por tantos anos foi utilizado nas transmissões de futebol da TV Globo, selecionava a linha de impedimento que achavam ser a do momento no qual a bola foi tocada. Dali era traçada a linha que apontava jogador em situação irregular, ou não. Hoje também é preciso ir à imagem da câmera fechada do momento do contato com a bola. Aí é feito o “vai e vem” com a imagem, até o instante em que ela é tocada. Mas ele necessita ser exato, realmente preciso. Isso causa a demora em alguns casos. Então são inseridas as linhas azul e a vermelha que aparecem para o público.

Ciente de que é preciso treinar mais o pessoal, a CBF pensa em intensificar essas ações, depois que a pandemia atrasou o processo. Já vêm acontecendo treinamentos online de operadores e árbitros de vídeo. Além disso, as equipes têm procurado chegar mais cedo para uma melhor preparação antes dos jogos. Sobre as muitas intervenções do VAR, a tendência é até se acentuem. Na Confederação, comenta-se sobre uma advertência aos ingleses pelo descumprimento do protocolo da Fifa em lances nos quais o VAR não interfere, deixando a decisão de campo prevalecer pura e simplesmente.

Blog do Mauro Cezar Pereira - UOL

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