A proposta de incluir Peñarol e Nacional no Campeonato Gaúcho de 2026 ganhou repercussão, mas enfrentamento entre burocráticos e opiniões divididas. O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) ressaltou que o processo para os clubes uruguaios se juntaram na competição seria complexa.
"Para isso acontecer, primeiro, eles precisariam se desfiliar da Associação Uruguaia de Futebol e regularizar sua situação no Brasil, incluindo a obtenção de CNPJ e demais documentações. Depois, deveriam se filiar à FGF, obedecendo ao Estatuto, e só então teriam o pedido encaminhado à CBF para registro", explicou em citações ao GE.
Caso cumpram todas as exigências, Peñarol e Nacional começariam sua trajetória no futebol gaúcho a partir da Série B do estadual, buscando o acesso até a elite. Além disso, para disputar as competições nacionais no Brasil, deveriam conquistar a vaga na Série D e seguir o caminho até a Série A do Campeonato Brasileiro.
Apesar das dificuldades, a FGF deixou as portas abertas para torneios de integração e preparação com clubes uruguaios.
Inter e Grêmio divergem sobre a ideia
A possibilidade de ter os clubes tradicionais do Uruguai no Gauchão também gerou reações distintas entre Internacional e Grêmio.
O presidente colorado, Alessandro Barcellos, mostrou-se receptivo ao projeto:
"Fui procurado pelo presidente do Peñarol e consegui o interesse positivo. Ainda precisamos entender melhor a ideia, pois há questões a superar junto à FGF, CBF e Conmebol. Seria um grande desafio, mas incentivoi a continuidade das conversas. Inclusive, um representante do governo estadual entrou em contato demonstrando interesse no tema. Agora, os clubes uruguaios devem estudar os cenários e formalizar uma proposta."
Já o Grêmio não demonstra entusiasmo, principalmente devido ao calendário apertado.
“Não há espaço para mais competições, a não ser em propostas, como uma parada para a Copa do Mundo de Clubes”, declarou Guto Peixoto, diretor de futebol gremista.