Por superávit após 5 anos, direção elabora estratégia para gastar menos e arrecadar mais

Texto por Colaborador: Redação 19/03/2021 - 00:14

De acordo com o jornalista Fabrício Falkowski, do Correio do Povo, a gestão de Alessandro Barcellos & Cia planeja gastar menos e arrecadar mais para que não precise vender os mais de milhões de reais previstos no orçamento para 2021. Pelo menos, é o que está escrito na proposta orçamentária elaborada pela nova diretoria alvirrubra, que passará pela apreciação do Conselho Deliberativo em reunião virtual que ocorrerá entre terça e quarta-feira da próxima semana.

Segundo a matéria, a ideia é arrecadar pelo menos R$ 90 milhões (13,3 milhões de euros ou US$ 15,9 milhões) com a venda de jogadores, valor inferior aos R$ 115 milhões previstos anteriormente. O novo orçamento foi formulado pela atual gestão, para ocupar o lugar do documento anterior - elaborado pela gestão de Marcelo Medeiros. A substituição da proposta orçamentária já estava prevista e visa a uma adequação dos números aos planos da nova administração.

Para poder vender menos jogadores, o SCI planeja cortar despesas, inclusive no futebol. A ideia é reduzir o montante de salários, direitos de imagem e logística, entre outros, em comparação aos últimos anos: R$ 260,4 milhões, contra R$ 263,5 milhões em 2020 e R$ 283 milhões em 2019.

O Inter projeta um faturamento total de R$ 411,5 milhões no exercício de 2021, valor superior ao orçado em 2020, que foi de R$ 336,7 milhões, mas bem inferior ao projetado no orçamento anterior, que era de R$ 450,2 milhões. A principal receita vem da televisão (R$ 169,7 milhões), seguida pela venda de jogadores (R$ 90 milhões) e o quadro social (R$ 76,9 milhões).

No planejamento para 2021, está prevista uma volta gradual do público ao Beira-Rio a partir de julho. Segundo o planejamento, o estádio poderia receber 30% de sua capacidade neste mês, com aumento em agosto e capacidade plena somente no final do ano. A ideia é fechar 2021 com R$ 194 mil de superávit – em 2020, principalmente devido à pandemia, a déficit fechou acima dos R$ 60 milhões. O último superávit no clube foi registrado em 2015. 

A atual gestão já trabalha com uma reengenharia em sua folha salarial enquanto as saídas na virada do ano já aliviaram a folha em cerca de R$ 3 milhões. Segundo o colunista de GZH, Leonardo Oliveira, a principais lideranças no Beira-Rio não escondem que será preciso aliviar ainda mais a folha para ganhar algum fôlego nas contratações. O Inter pretende encurtar entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões a sua folha anual. Isso significa diminuir em três meses um ano que, para os empregadores, tem 13,4 meses (com 13º salário e férias). Só a partir disso o clube buscará no mercado mais nomes pedidos pelo técnico Miguel Ángel Ramírez.

ORÇAMENTOS RECENTES (RESPECTIVOS SUPERÁTIVS OU DÉFICITS)

2020 -  R$ 336,7 Milhões (R$ -63 milhões)

2019 - R$ 441 Milhões (R$ -3,02 Milhões) 

2018 - R$ 293,2 Milhões (R$ -9,5 Milhões) 

2017 - R$ 245,9 Milhões (R$ -62,5 Milhões) 

2016 - R$ 292,6 Milhões (R$ -11,1 Milhões) 

2015 - R$ 297,0 Milhões (R$ + 27,5 Milhões)

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