Texto por Colaborador: Redação 15/10/2025 - 00:50

O Premiere, serviço de pay-per-view esportivo do Grupo Globo, bateu recorde de assinaturas e alcançou o maior número de clientes desde sua criação, nos anos 1990.

Impulsionada pela estratégia de preços mais acessíveis e pela integração com o Globoplay, de acordo com a coluna F5, da Folha de São Paulo, a plataforma superou a marca de 2,7 milhões de assinantes no último trimestre.

O crescimento expressivo está diretamente ligado à reformulação comercial do produto. Nos últimos anos, o Premiere passou por uma significativa redução de preço: hoje, é possível assinar o serviço por R$ 59,90 ao mês no plano mensal ou R$ 29,90 mensais no plano anual via Globoplay.

Para efeito de comparação, até 2018, o pacote completo na TV por assinatura chegava a custar cerca de R$ 110, uma diferença de aproximadamente 45%.

A oferta direta ao consumidor via streaming também contribuiu para a expansão da base de clientes, eliminando intermediários e tornando o serviço mais acessível. O modelo anterior encarecia o produto devido à participação das operadoras de TV paga na divisão da receita.

Apesar do crescimento, o Premiere ainda enfrenta um velho inimigo: a pirataria. De acordo com Manuel Belmar, diretor de produtos digitais, finanças, jurídico e infraestrutura da Globo, quatro em cada cinco pessoas que assistem aos jogos do Premiere o fazem de forma ilegal.

A estimativa é que a Globo deixe de arrecadar cerca de R$ 500 milhões por ano devido a transmissões piratas. Se essa evasão fosse combatida com sucesso, o faturamento do Premiere poderia atingir a marca de R$ 1 bilhão anuais.

Mesmo sem registrar lucro direto, o Premiere desempenha um papel estratégico no financiamento do futebol nacional. A receita obtida com assinaturas cobre os custos dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Além disso, os clubes participantes têm participação nos lucros, o que cria um incentivo direto à divulgação e fidelização de torcedores.

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