Texto por Colaborador: Redação 09/11/2024 - 00:25

Roger Machado, técnico do Internacional, falou em entrevista coletiva, depois o duelo diante do Fluminense (2x0), pela 33° rodada. Confira um compilado com os principais trechos:

Resultado e atuação: "Os jogadores que estão aqui são os mesmos que trabalharam na Libertadores, foram desclassificados, sofreram, e hoje tinham contra esse adversário um gosto especial. É nessas adversidades que se criam grupos sólidos (...) Acho uma injusta tremenda quando falam que eu tenho um bom começo e depois decai. É preciso avaliar com um pouco mais de critério. Fui demitido sempre com mais de 55% de aproveitamento. Acho injusto esse rótulo”.

"Não sei se isso vai nos levar a um título, mas quanto mais sólido e maduro (o trabalho), mais próximos estamos de conquistas. E a solidez do trabalho, que é recente, mas que preservou questões anteriores e queimou algumas etapas, é vista nessa maturidade (...) Penso que ainda há margem para a evolução. Há 60 dias, quando estava começando o trabalho, falávamos que precisávamos evoluir o nosso trabalho."

História nos pontos corridos de invencibilidade: "Não é todo momento que você tem 14 jogos de invencibilidade. Escalamos a tabela. Chegamos a estar a seis pontos da zona (de rebaixamento). Gradativamente escalamos a montanha... A marca é significativa. Não pelos resultados em si, mas por ser construída em uma solidez bem importante de um modelo. Já tinha uma base que me apropriei. Por coincidência, um modelo que usava no time anterior, e a adaptação foi mais rápida. Implementei marcar alto, jogar com intensidade, duelos físico (...)  Os números traduzem os princípios que implantamos. Os atletas colocam em prática. Não é ao acaso, mas motivada pela fidelidade de propor. Ainda há margem para evolução, mas a janela de atuação já vemos com nitidez".

Reta final: "Impossível não dar uma secadinha (risos). A matemática está aí. A primeira coisa que faço quando chego ao vestiário é abrir o celular e olhar a tabela. Estamos a oito pontos do Botafogo. Sabemos que é difícil, mas precisamos nos manter na briga. E isso também mantém a chama acesa. Está lá no fim da rampa, mas a porta ainda não fechou. Isso mantém a crença".

Bernabei: "Vou amarrar o Bernabei em uma cadeira. Ele corre demais até no rachão. A gente tem que pedir pra ele dosar nas atividades para não estourar fisicamente... Muito se questiona o fato de o Bernabei não jogar antes e não era uma questão de qualidade dele, mas, sim, de modelo de jogo. A saída de 3 do Coudet casava mais com o Renê (...) Eu falei com o Renê. Eu peço pra que ele tenha uma característica diferente de quando jogava com o Coudet. Peço pra que ele tenha mais volume de lado. Ele tem plenas condições de jogar. Ele é jovem. Tem capacidade física. Vou avaliar ele comigo e não pelo que já aconteceu... Eu entendo a torcida, mas a avaliação aqui sobre o Renê, não é pontual. Jogador vive bons e maus momentos. Se minha carreira fosse avaliada assim, talvez eu não tivesse jogado tanto tempo em alto nível”.

Desfalques nas laterais contra o Vasco: “Bruno Gomes ficou pendurado muito tempo. Não planejei perder 2 laterais ao mesmo tempo. O treino para os jogadores são iguais. Quem jogar, já sabe o que precisa fazer. São características diferentes, mas não vou abrir mão da intensidade pelo lado (...) Tô a horas querendo dar uma chance pro Café Aguirre, mas o Bruno Gomes é um baita lateral. O coletivo vem proporcionando que as qualidade se sobressaiam. Eu aproveitei muito do modelo deixado pelo Coudet aqui” Perguntei pro Bernabei sobre o Aguirre. Ele me disse que era melhor defensivamente e igual ofensivamente. Falei: “então tá bom. Vou jogar com duas balas do lado do campo”.

Ser o único técnico negro na Série A: "É um tema sempre importante, é uma data importante da Consciência Negra, não deveria ser abordado apenas nesse mês. Penso que a gente fez muitas evoluções, o país começou a olhar de alguma forma para essa questão, porém vejo que os avanços são pequenos. Para mim o futebol ele amplifica e aponta como somos como sociedade (...) Se a gente imaginar o futebol como uma pirâmide social, na base estamos nós, o campo. Sejamos eles pretos ou brancos, quem olha de cima da pirâmide enxerga todos pretos. Ou somos pretos pela cor da pele ou somos da mesma origem social, em sua maioria esmagadora. O racismo para mim se cristaliza quando o campo acaba e a gente consegue perceber indivíduos de diferentes cores acenderem socialmente em diferentes sociedades. É onde os filtros começam. Um ex-atleta branco consegue se esconder e eu não consigo. Minha cor me denuncia. O futebol talvez amplifica em todas as formas como somos como sociedade, as coisas boas e as coisas ruins".

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