O Colorado deu show no aniversário de 56 anos do Beira-Rio, que recebeu um público superior às 31 mil pessoas, e venceu o Cruzeiro, na noite de sábado (06), pelo placar de 3 a 0. Os gols da partida, válida pela segunda rodada do Brasileirão, foram marcados por Alan Patrick, Enner Valencia e Rafael Borré. Após o jogo confira as principais reações do técnico Roger Machado:
Vitória e atuação: "Foi uma ótima partida, mas claro que estar com um jogador a mais em 70% do jogo, acho que tem que tirar a partida da amostra. Foi um grande jogo, mas em circunstâncias que não acontecem com frequência, que é o adversário ter inferioridade. Rodamos a bola, tivemos paciência, jogamos na estrutura, demos poucas oportunidades (...) Fizemos um jogo seguro defensivamente. Claro que com um a menos tem mais campo para jogar. Penso que foi uma expulsão justa, uma chance clara de gol que o Wesley ia ter. A gente sabia que ia precisar explorar as beiradas do campo, os elos frágeis em função da ofensivdade do adversário. Mas não dar os contra-ataques. Foi um grande jogo… não o melhor porque temos de fazer essa ressalva.”
"Com dez meses de trabalho, com todas as ferramentas que os jogadores adquiriram, muito em função das adversidades do ano passado, nos dá condição de enxergar melhor o que precisa ser feito dentro de campo... Hoje o time tá muito mais sólido e consistente pra absorver as características do Enner desde que a gente veja que tenha um pouco de equilíbrio. "
“A gente teve uma janela de pouco tempo para montar a estratégia do jogo. Mas o que fizemos desde o ano passado dá base para os jogadores fazerem o que já está posto… A gente teve paciência. A escalação passou por isso. Enner é um jogador de velocidade. Carbonero tem retenção. Isso fez com que não fizéssemos os mesmos erros que cometemos contra o Bahia".
Disputa entre os XI no ataque escolha por Rogel: "O Enner conquistou o direito de ser titular em campo. Para este momento o Enner é o titular. Hoje o Borré se mostrou também se capacitando para retomar a condição que foi dele até bem pouco tempo. Por vezes precisa dar uma recuada, entrar de tanque cheio, com mais espaço. Tudo pode interferir na retomada da confiança. Ficamos felizes que se dedicou como sempre e conseguiu o seu gol. (...) A escolha pelo Carbonero foi para que tivesse uma combinação maior com o Enner. Ele tem menos profundidade (...) O Enner está recebendo a oportunidade porque procurou e achou em campo. O Enner se transformou no titular para este momento. Mas com mais 17 jogos, vai haver uma alternância natural. Vou ter que contar com os jogadores nas melhores condições, menos desgastados. Os 11 deste jogo foram esse, devem voltar a acontecer, mas a gestão do campo é pela função da sequência. Não gosto de revezamento ou rodízio, mas vai haver uma alternância dos 11 titulares".
“Ano passado eu falei para o Enner que iria adaptar o time para a característica do atacante. Mas agora o time e o Enner estão diferentes, e contribuem para a marcação alta… O Rogel é a hierarquia. Dei oportunidade para todos jogarem. Mesmo com a mudança de lado, jogaram muitas vezes juntos no ano passado…”
Estreias: “Com mais 17 jogos (até o Mundial) vou ter de fazer algumas mudanças. Conseguimos fazer a gestão de jogadores, com as estreias do Oscar e do Diego Rosa. A gestão do campo vai haver alternância... O esquema e a estrutura eu não vou mudar. Podemos mudar as características das peças… o Óscar pode ser um 8, onde joga o Bruno, o Diego. Dependendo do jogo, Alan e Óscar podem jogar juntos…”