Roger Machado, técnico do Internacional, falou em entrevista coletiva, depois o duelo diante do Botafogo (0x1), pela 37° rodada. Confira um compilado com os principais trechos:
Resultado e atuação: "O que eu posso dizer desses dois últimos jogos é que embora não tenhamos vencido mostra que a nossa equipe subiu um degrau dos pontos de competitividade e vamos colher frutos no ano que vem. Quatorze finalizações contra 2 do adversário. Falamos do campeão da Libertadores e favorito ao Brasileiro. Dói perder, ainda mais na frente do nosso torcedor. Queremos devolver em futebol (...) Eu tenho certeza que amanhã, quando a gente analisar os números do jogo, eles vão trazer tudo dentro daqueles números e daqueles parâmetros que, em 80% dos jogos, nos dão a vitória".
“Se a gente analisar os 4 tempos dos 2 jogos. Ganhamos um tempo do Flamengo, mas sofremos 3 gols em 12 minutos no 1º tempo. Poderíamos ter empatado, mas não fizemos. Detalhes definem jogos de alto nível como esse que enfrentamos hoje”
“Penso que o legado é o resgate da autoestima. Merecíamos um documentário pela forma que nos reerguemos a partir das dificuldades da enchente. Torcedor, gradativamente, foi voltando a confiar no Inter. Eles sentem que a atmosfera no campo tem sido importante”.
"Bruno Henrique mais para a frente, não. Talvez pudesse botar o Gabriel. Na medida que perdemos o Alan, era fazer o Wesley e o Tabata se revezassem como meia nos corredores. O Borré gosta de flutuar para ser um meia de passagem, com o Valencia atacasse as costas. Penso que a engrenagem funcionou, mas era um desejo de botar os dois juntos, ver que eles se completam dentro da estrutura que a gente tem".
Formação do ataque: Acho que a estrutura funcionou. Precisa de ajustes. Fiquei satisfeito com o volume que Enner e Borré criaram.. Óbvio que eu penso em Borré e Valência juntos em 2025. Vou ter tempo pra treinar isso. Mas aí teria que jogar sem pontas. E com um tripé no meio pra sustentar. Isso também pode nortear nossas buscas no mercado”
"Já ouvi que se eu tivesse chegado antes, poderia ser diferente. Não tivesse a enchente… é difícil analisar. Estamos finalizando o ano e com a convicção que há margem pra evoluir. Teremos assédio nos nossos jogadores na janela. Jamais imaginei que ficaríamos 16 jogos sem perder quando assumi lá atrás (...) Eu penso que o ano vem pode ser um ano bem importante sim, porque a gente não vai partir do zero... Tem algo importante reservado pra gente”.
"O torcedor está com um horizonte positivo pelo o que ele está vendo em campo, e uma coisa que eu nunca vou abrir mão é que a minha equipe seja competitiva, como foi hoje (...) Já comentei com o presidente (Alessandro Barcellos), inclusive, que esse ano merecia um documentário, do que se passou no Estado e da forma como o clube conseguiu se reerguer com todas as dificuldades".
Diferença de orçamentos entre Inter e Safs: "Diferente da minha geração, por vezes você montava uma equipe vitoriosa em uma temporada, agora você vai ter que construir uma equipe vitoriosa, e você luta com alguns aspectos, e o primeiro é sempre o equilíbrio financeiro (...) Tem que ter criatividade para lutar contra orçamentos maiores, mas não é impossível. Precisa vasculhar o mercado de forma criativa e também trabalhar na formação de atletas... Temos que investir na base. Para que nos deem o retorno técnico e, posteriormente, financeiro. Penso que o torcedor está com o horizonte positivo pelo que vê campo. Não podemos abrir mão disso. Bruno Gomes é um exemplo. Não entregou um jogo abaixo de 7 (...) Não vivemos só de coisas concretas. Também vivemos de sonhos no futebol. Nós temos um departamento de mercado para que a gente antecipe situações. Clayton é um desses casos. Veio de um time de segunda linha. Cada vez mais teremos que buscar essas alternativas”
Falta de reposição para Alan Patrick? "Tabata faz pelo centro também. É difícil conseguir ter 2 jogadores como Alan Patrick no grupo. Vamos ter que criar outra estrutura sem ele. Temos 3 jogadores como ele no Brasil: Garro, Matheus Pereira e Raphael Veiga. São raros”.