Texto por Colaborador: Redação 10/08/2025 - 01:10

Roger Machado fez um balanço detalhado das escolhas que deram certo na vitória do Internacional sobre o Bragantino por 3 a 1. O técnico colorado destacou principalmente a evolução de Ricardo Mathias e as reformulações no meio-campo que deram mais liberdade a Alan Patrick.

"Acho que foi uma grande vitória para diminuir um pouquinho da pressão. A gente trabalha para se manter equilibrado nesse momento de muita turbulência", analisou o comandante sobre o resultado que antecede o duelo decisivo contra o Flamengo pelas oitavas da Libertadores.

## Mathias impressiona, mas Roger prega cautela

O atacante de 19 anos chamou atenção ao marcar duas vezes, justamente quando Borré e Valencia passam por fase irregular. Roger se mostrou satisfeito com o jovem, mas fez questão de alertar sobre os cuidados necessários com um atleta em desenvolvimento.

"Se a gente não tiver esse cuidado, mais até com Mathias do que com os demais, a gente corre o risco de tê-lo sucessivamente mais tempo fora", ponderou o treinador, destacando a necessidade de dosagem física para o jovem.

Sobre escalar o jovem como titular contra o Flamengo, Roger manteve o mistério: "Eu quero ser refém do campo sempre. Não apenas com o Mathias, mas hoje foi importante por colocar o melhor time possível para pensar na quarta-feira. Porém não só do jogo, busco ser refém do treino também."

## Mudanças no meio-campo liberam Alan Patrick

Roger elogiou especialmente as alterações no setor de meio-campo, destacando a estreia de Alan Rodríguez ao lado de jogadores mais experientes. A mudança permitiu que Tabata exercesse função de articulador, aliviando a responsabilidade sobre Alan Patrick.

"Foi importante a gente vencer, voltar a ter confiança. Estreando o Alan Rodríguez junto dos jogadores de meio que tem maior frequência de jogo, dando oportunidade ao Tabata. E por ter o Alan Rodríguez, permitindo que o Tabata fosse um articulador por dentro, um jogador a mais que tenha o controle da bola", explicou.

O técnico ressaltou como essa configuração beneficiou o camisa 10: "Hoje, sobretudo, poder levar para campo jogadores que tenham uma relação melhor com a bola, que consigam fazer com que o Alan não seja o único responsável e, por consequência, um alvo mais fácil dos marcadores."

## Autocrítica sobre decisões passadas

Roger também abordou escolhas anteriores, como não ter escalado Mathias desde o início contra o Fluminense na Copa do Brasil. "Eu acho que foi no momento adequado que a gente proporcionou a entrada do Mathias e que bom que ele respondeu bem", defendeu.

Sobre as lições da eliminação na Copa do Brasil, o treinador foi direto: "O esquema de dois atacantes não deu certo. Não consigo afirmar com certeza se foi o mau momento de ambos ou se foram as características que não casaram."

Quanto às pressões externas, Roger demonstrou maturidade: "Não é que eu me vanglorie disso, contudo estou adaptado, ou seja, consigo gerir melhor. Jamais vou me acostumar. Para que eu esteja nesse lugar, eu preciso suportar essa pressão."

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