Texto por Colaborador: Redação 04/08/2025 - 01:00

Pensando no confronto decisivo contra o Fluminense, o Internacional escalou time misto e acabou sendo superado pelo São Paulo por 2 a 1, no Beira-Rio, neste domingo. O revés deixa o Colorado novamente rondando a zona de rebaixamento do Brasileirão, com a missão de buscar a classificação às quartas da Copa do Brasil na quarta-feira, no Maracanã.

Na coletiva pós-jogo, Roger Machado enfrentou questionamentos duros da imprensa e se mostrou incomodado com a pressão, mas garantiu confiança no trabalho e no respaldo da diretoria colorada.

## Sobre a atuação e estratégia

"Montei uma formação diferente para espelhar o São Paulo, que também atua com três zagueiros. Coloquei dois atacantes na tentativa de resolver nossa baixa eficiência ofensiva. Somos pouco efetivos. Fizemos um confronto equilibrado, mas sofremos gols em jogadas de bola parada", analisou o treinador.

Roger contestou as críticas sobre a criação de jogadas: "Não concordo que criamos poucas oportunidades. Finalizamos mais que o São Paulo. Eles marcaram dois gols em bolas paradas. As chances que tivemos não foram suficientes para converter, precisamos ter mais sorte e criar oportunidades mais claras".

Sobre a mudança tática, o técnico explicou: "Foi uma tentativa pontual de alteração estrutural, espelhando o adversário. Acredito que houve bastante criação, mas pouca eficiência. O jogo foi equilibrado. Era algo novo que estava testando. Uma vitória nos daria confiança para repetir o sistema".

## Reação às vaias e pressão

Questionado sobre as vaias recebidas por ele e pelo time, Roger mostrou experiência: "Tenho certeza de que nosso momento ruim afasta o torcedor do estádio. Ele não se sente representado pelo que vê em campo. Posso prometer que continuarei buscando alternativas enquanto estiver no cargo".

"Assim como meu nome foi vaiado hoje, já foi ovacionado na final do Gauchão. O torcedor tem direito de se manifestar. São 34 anos no futebol, não é a primeira vez que passo por isso. O futebol vive de vitórias", ponderou.

"Evidentemente, em momentos instáveis, o torcedor quer mudanças, muitas vezes começando pelo técnico. Mas me sinto respaldado e motivado para encontrar soluções. Essas instabilidades acontecem, esta está demorando um pouco mais para passar, mas vai passar", completou.

## Respaldo da direção

Roger foi enfático ao falar sobre seu futuro no clube: "A permanência de qualquer técnico depende das vitórias. Eliminações geram prejuízos. Mantenho conversas constantes com a direção, especialmente sobre divisão de responsabilidades. Não pode recair tudo sobre o treinador".

"Me sinto prestigiado pela diretoria. As conversas são frequentes sobre planejamento, momento atual, necessidades e divisão de responsabilidades. Foi exatamente isso que conversamos no vestiário agora há pouco", revelou.

## Embate com jornalistas

Em momento tenso, Roger rebateu questionamento sobre pedidos de demissão: "Você não pode falar por 8 milhões de torcedores. Uma parte pode pedir a saída do treinador, mas outra pode prestigiar a permanência. O Inter não vencia o Gauchão desde 2016, superamos instabilidades e vamos superar novamente".

"Meu trabalho é encontrar soluções. Já joguei com linha de cinco, seja com três zagueiros ou volante recuado. A confiança que tenho é que este grupo já deu respostas outras vezes. Não dá para esquecer o passado. O Internacional não conquistava título há oito anos e nesta temporada vencemos o Estadual e se classificamos para a Libertadores", defendeu-se.

Sobre uma suposta enquete mencionada por repórter, Roger foi direto: "Você fez essa pesquisa? Pode ter feito em sua página. Assim como existe uma parte da torcida que talvez queira a demissão, tem outra que prestigia o trabalho. Não há no futebol torcedor que se sinta satisfeito com sequência de maus resultados, mesmo que o passado recente tenha vitórias".

"É seguir trabalhando. O futebol não começou agora e não vai acabar agora. Ele continuará, seja comigo aqui ou com outro comandante", finalizou.

## Confusão no final

Roger também comentou um incidente nos minutos finais: "Estava nervoso no fim do jogo. Pedi desculpas ao Cédric pela confusão. Ele fez sua partida normalmente. Apenas fiquei chateado, só isso".

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