Na estreia da fase de grupos da Libertadores, o Bahia ficou no empate por 1 a 1 com o Internacional, na Arena Fonte Nova. A esquadra Nordestina abriu o placar com Jean Lucas, mas sofreu o gol de empate pouco depois. Apesar do resultado aquém do desejado aos baianos, o técnico Rogério Ceni destacou a boa atuação da equipe e se mostrou confiante na busca pela classificação.
— Se mantivermos esse nível de atuação, estaremos na briga por uma vaga. É um grupo difícil, mas tivemos controle do jogo, finalizamos mais e merecíamos vencer. Cada partida começa do zero, mas hoje o desempenho foi satisfatório (...) Me agrada muito a forma como estamos jogando. Vivemos o jogo, tivemos posse e intensidade. Claro que os resultados, tanto na Libertadores quanto no Brasileiro, não são os ideais, mas se atuarmos 80% disso fora de casa, recuperamos os pontos — avaliou.
O comandante tricolor ainda reconheceu o impacto do empate na pontuação, mas fez questão de valorizar o rendimento em campo.
— Sabemos que vencer fora é difícil, por isso o tropeço em casa pesa. Mas a atuação nos dá confiança. Agora temos que buscar pontos fora. Contra o Nacional, temos que pontuar. Ainda teremos dois jogos em casa na sequência. Mas antes, temos o Santos pelo Brasileiro, que também é muito importante — completou.
Rogério destacou o domínio do Bahia durante boa parte do duelo contra um adversário qualificado, mas lamentou a falta de eficácia ofensiva.
— Enfrentamos um grande time e dominamos a maior parte do jogo. Faltou matar a partida com o segundo gol. O Inter é perigoso, com transições rápidas e laterais que atacam bastante. Cometemos erros bobos em passes simples, mesmo executando jogadas complexas com qualidade. Eles tiveram duas chances claras. Libertadores é isso: outro nível de exigência — disse.
O treinador fez questão de reconhecer o esforço do elenco, mesmo saindo de campo frustrado.
— Hoje não conseguimos segurar o resultado, mas vivemos um bom momento. Saio inconformado, mas orgulhoso dos jogadores. Tivemos posse, fomos aguerridos. O fator casa é crucial na Libertadores. O empate é frustrante, mas a entrega foi excelente.
Sobre os erros no ataque, Rogério apontou a necessidade de mais precisão no terço final.
— O último terço é o mais difícil. Jogar atrás, no meio, é mais simples. Mas no fim, precisa de frieza, sensibilidade no passe e precisão na finalização. Coletivamente o time funciona, mas precisamos crescer individualmente.
Apesar do bom desempenho, o empate deixou um gosto amargo.
— Todos saem satisfeitos com a atuação, mas tristes com o resultado. O gol deles veio de um lateral, uma bola que gira e volta, chute de fora da área, e no rebote saiu o empate. Precisamos rever com calma. Fizemos um grande jogo hoje, como foi contra o Corinthians. Libertadores é tiro curto. Não dá pra comemorar um ponto assim — concluiu.
O Bahia volta a campo pela Libertadores na próxima quarta-feira, quando enfrenta o Nacional, no Uruguai. Antes disso, encara o Santos, neste domingo, às 20h30, na Vila Belmiro, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.