Texto por Colaborador: Redação 18/07/2025 - 19:28

Em entrevista ao VDG na última quinta-feira, o técnico Roger Machado fez um balanço do seu primeiro ano à frente do Internacional. "Foi um ano positivo desde a minha chegada, desde aquela enchente lá atrás. Ficamos em quinto lugar no ano passado, numa campanha de recuperação. Conquistamos o Gauchão em 2025 e avançamos em um grupo difícil na Libertadores. No Brasileirão, ainda estamos devendo", comentou. "Penso que tive mais alegrias do que lamentações até aqui no Inter."

Sobre as oscilações da equipe, Roger afirmou que são naturais: "Instabilidades vão acontecer. Esperamos que o descanso durante a pausa tenha sido suficiente. Temos um grupo experiente, com jogadores veteranos e outros buscando seu espaço. Essa mistura é ideal, mas pode gerar desentrosamento quando precisamos poupar atletas." Ele também destacou a necessidade de rodar o elenco devido ao calendário apertado, que exige atenção às três competições em disputa. "Será um trabalho jogo a jogo. Escolhas serão feitas, e também estamos de olho no mercado para agregar qualidade e quantidade ao elenco."

Na retomada da temporada, o treinador frisou a prioridade pelo Brasileirão: "Determinamos que a urgência é recuperar a posição no Campeonato Brasileiro. Não podemos deixar que os resultados ruins no Nacional contaminem o ambiente das competições de mata-mata."

Quanto a reforços, Roger contou que o clube está em busca de novas opções, sempre dentro das possibilidades financeiras. "Tratamos de reuniões sobre contratações, porque são muitos jogos e lesões. Tenho certeza que o clube trabalha para trazer reforços. Planejamos a janela para várias temporadas e avaliamos números, mas isso é acessório. Eu gosto de conhecer o atleta de perto, saber se ele tem interesse e se encaixa no ambiente, coisas que os dados não mostram." Ele explicou ainda que recebe indicações de jogadores que não têm espaço em outros clubes, muitas vezes por questões táticas, e ressaltou a necessidade de criatividade diante do momento financeiro delicado.

Sobre o meio-campo, o técnico destacou características importantes para os volantes e meias: "O volante precisa ser o quinto jogador de defesa, com boa saída de bola. O camisa 8 deve ser um box-to-box. Costumo brincar que os primeiros melhoram com o tempo. Luís Otavio está sendo lapidado, Fernando já antevê jogadas e toma tempo do adversário. Os mais jovens ainda pensam mais devagar, mas isso é questão de tempo. Ronaldo jogou algumas vezes, com altos e baixos, e Pastor tem sido trabalhado desde o Gauchão. O volante precisa ser mais inteligente do que apenas físico."

Sobre possíveis saídas, Roger falou com cautela: "Nenhum clube no mundo vive sem vender jogadores. Preciso manter atletas com hierarquia para desenvolver os mais jovens e aprender com eles, sem perder de vista o momento individual e a contribuição dos mais experientes." Ele ressaltou o cuidado com os jogadores jovens, considerando a necessidade do clube. "Há um tratamento diferenciado para eles. Precisamos proteger nossos ativos, pois os clubes pagam muito mais pela expectativa do que pela produção efetiva. Vejo o crescimento dos jovens no dia a dia e valorizo a cultura do mérito: quem estiver bem vai jogar."

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